CULTURA Jul 2, 2024 IDOPRESS

Felipe Folgosi diz que não faz sexo há 2 anos: abstinência sexual faz mal à saúde? A ciência responde

Ator Felipe Folgosi diz que não faz sexo há mais de dois anos — Foto: Reprodução/ Instagram O ator Felipe Folgosi,de 49 anos,afirmou estar mais de 2 anos sem fazer sexo. Ele,que é evangélico,c

Ator Felipe Folgosi diz que não faz sexo há mais de dois anos — Foto: Reprodução/ Instagram

O ator Felipe Folgosi,de 49 anos,afirmou estar mais de 2 anos sem fazer sexo. Ele,que é evangélico,contou ao podcast "Splash encontra" que a decisão foi tomada por seus princípios evangélicos e que as relações sexuais estão banalizadas. Segundo ele,esse tipo de intimidade só deve acontecer após o casamento.

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"É uma coisa normal para quem é evangélico,o sexo deve ser durante o casamento. Corpo não é uma máquina que você aperta para dar prazer (...) Deus fez o homem e a mulher com prazer no sexo para incentivar a reprodução. Quando o cara está desperdiçando a semente que ele tem para não ter filho,é uma atitude egoísta",disse.

Mas ficar um período prolongado sem sexo pode fazer mal à saúde? A ciência diz que sim. Ainda mais se o praticante for uma pessoa saudável,que gosta e sente vontade de fazer o ato. Segundo a psiquiatra Carmita Abdo,coordenadora do programa de estudos em sexualidade da USP,o que realmente importa para a medicina é o sofrimento que o paciente experimentar sem praticar o ato sexual,que se desdobra em angústia,mal-estar e desconforto.

— É uma questão pessoal e de livre-arbítrio. Aqueles que não querem fazer sexo por um determinado período,se não estiverem em sofrimento,não precisam se preocupar. O problema é quando se quer fazer,porém,por inúmeros motivos,como falta de oportunidade,de um local adequado ou de um parceiro,não faz e sente a necessidade daquilo. Isso causa um sentimento de vazio,um desejo descontrolado,levando a desfechos negativos — explica em entrevista recente ao GLOBO.

Esses desfechos negativos,citados pela psiquiatra como “sofrimento”,podem trazer riscos físicos e psicológicos graves. Começando por uma crise de ansiedade criada pelo desejo insatisfeito,que evolui para uma depressão do sistema imunológico e posteriormente do sistema nervoso central.

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O paciente se sente mais vulnerável,sua autoestima cai,seu corpo sofre alterações e fica fisicamente mais fraco,o que estimula o aparecimento de doenças bacterianas,viroses e até mesmo infecções generalizadas.

— São várias as indagações que se passam na cabeça dessa pessoa,que acaba tendo seu quadro de saúde agravado e contribuindo para um maior período sem relações sexuais. Ela começa a se perguntar se é bonita o suficiente ou o porquê de ninguém se interessar por ela a ponto de não querer ir para a cama. Há outros desdobramentos também,como rejeitar contatos sexuais,por não ter tido êxito nas atividades anteriores e querer evitar novos vexames. É uma bola de neve,que vai ficando cada vez maior até explodir em ansiedade,depressão,vulnerabilidade imunológica e doenças físicas — explica Abdo.

Segundo a médica,o sexo para ser completo precisa ser satisfatório para ambas as partes. É essa experiência plena que libera um maior fluxo de dopamina,endorfina e oxitocina,hormônios que fazem bem à saúde do corpo e da mente e ajudam na vontade de repetir o ato em outras ocasiões.

Porém,qual seria o tempo máximo de intervalo até essa falta prejudicar a saúde física e mental? Cientistas dizem que isso depende dos hábitos sexuais de cada um. Uma pessoa que tem uma vida sexual ativa,de ao menos três encontros por semana,começa a sentir os primeiros sinais de sofrimento depois de cerca de 30 dias sem sexo. Já aqueles que mantêm relações espaçadas em 15 a 20 dias,ter um hiato de três a quatro meses não é algo preocupante.

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Um jovem de até 29 anos,com a libido em dia,sem dificuldades de se manter sexualmente ativo — ou seja,tem ou consegue arranjar parceiro,é saudável e tem local para o encontro —,consegue em média ficar cerca de oito semanas (ou dois meses) sem ver o início das manifestações de “sofrimento” e se indagar se há algo errado com ele.

De acordo com um estudo do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo,Gênero e Reprodução,nos Estados Unidos,a frequência sexual varia de acordo com a idade,depende de diversos fatores,como estilo de vida,saúde e libido,e tende a cair ao longo dos anos.

Os jovens de 18 a 29 anos,por exemplo,têm em média 112 relações sexuais por ano,o que corresponde a três encontros semanais. A média cai para 86 entre adultos de 30 a 39 anos,o que equivale a cerca de 1,6 atividades sexuais por semana. O grupo da faixa etária de 40 aos 49 anos tem um total de 69 atividades por ano,ou seja,1,3 encontros sexuais semanais.

— É normal ter essa queda no número de atividades sexuais com o decorrer dos anos em razão do aumento de responsabilidade. Os adultos têm emprego,filhos,orçamento doméstico,entre outras situações que acabam tirando o sexo do primeiro plano — explica Abdo.

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Felipe contou que atualmente está namorando e que ele não apressar as etapas com a nova namorada. Afirmando que pode beijá-la. "Sexo é bom,mas às vezes o sexo que mantém a relação e você não conhece a pessoa. Ele é para ser a cereja do bolo",diz.

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