Pré-candidato à prefeitura de São Paulo,Pablo Marçal,na Câmara dos Deputados — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Pré-candidato à prefeitura de São Paulo,Pablo Marçal,na Câmara dos Deputados — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
GERADO EM: 23/07/2024 - 04:30
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
LEIA AQUI
Em meio à disputa interna no PRTB,o atual pré-candidato à prefeitura de São Paulo da sigla,reforçou a coordenação de sua equipe jurídica com o objetivo de afastar eventuais riscos de contestações ao seu nome na disputa. O empresário passará a contar com o auxílio dos advogados Gustavo Bonini Guedes e Thiago Boverio,que têm histórico de clientes no meio político.
Ataques: Nunes se refere a Boulos como ‘vagabundo’ e ‘sem-vergonha’ em convenção'Assédio moral': Boulos leva ministro ao Ceagesp e relembra gestão de Mello Araújo
Guedes é advogado do ex-presidente Michel Temer (MDB) e recentemente ajudou a livrar o senador Sergio Moro (União-PR) de ter o mandato cassado no processo que apurava suposto abuso de poder econômico. Já Boverio advoga para o PSD,de Gilberto Kassab,e atuou em casos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O PRTB teve o diretório estadual dissolvido no mês passado e o presidente nacional da sigla,Leonardo Avalanche,é alvo de contestações — embora ele próprio afirme que na legenda estão todos “100% unidos”. A defesa de Marçal afirma que há segurança jurídica para lançá-lo na corrida.
— É impossível ter mais segurança do que o PRTB tem hoje. É o partido mais seguro do Brasil. Apesar de todo barulho,de toda fumaça,não existe nenhum risco para a candidatura. Podem judicializar o que quiserem — afirma Guedes.
A segurança do advogado decorre de uma intervenção ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes,do Supremo Tribunal Federal (STF),para encerrar uma disputa anterior,iniciada após a morte do fundador do PRTB,Levy Fidelix,em 2021.
Em dezembro daquele ano,um dos irmãos de Levy — Júlio Cezar Fidelix — assumiu o controle do partido,mas a convenção foi contestada em diversas representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),inclusive com acusações de falsificação de assinaturas. Até que,em convenção organizada pelo interventor nomeado por Moraes,o grupo de Avalanche foi eleito com 30 de 56 votos,em fevereiro.
Júlio Cezar Fidelix depois convocou nova assembleia para destituir o diretório nacional,mas Avalanche foi protegido por uma decisão da ministra Cármen Lúcia,depois referendada pelo plenário do TSE. A equipe jurídica de Marçal entende que,com a legitimidade de Avalanche reconhecida no âmbito nacional,seus atos nos diretórios regionais estão resguardados.
O dirigente nomeou no mês passado a si próprio como presidente da comissão provisória do PRTB paulista,com Marçal como 1° vice-presidente. O grupo destituído do diretório de São Paulo saiu atirando,com acusações de que Avalanche descumpriu acordos. Os argumentos endossaram neste mês nova representação para pedir seu afastamento,sob acusação de ameaça,abuso de poder econômico e compra de votos. Mais uma vez,a ministra Cármen Lúcia decidiu a favor de Avalanche.
— Não tem nenhuma briga,nenhum descontentamento,estamos muito alinhados. Todo acordo foi honrado,não existe nenhum racha — diz Avalanche ao GLOBO.
A unidade da sigla,porém,será colocada à prova na convenção municipal da legenda,marcada para 3 de agosto. A confirmação da candidatura do ex-coach depende do aval da comissão provisória paulistana,composta por cinco integrantes — dois deles,herdeiros de Fidelix,reafirmaram lealdade a Marçal em notas públicas. Na convenção,é esperado o anúncio do vice. O principal cotado é Levy Fidelix Filho,um dos herdeiros do fundador da sigla,que hoje dirige o diretório paulistano em um acordo com Avalanche.
© Hotspots da moda portuguesa política de Privacidade Contate-nos