A greve dos trabalhadores da CP, convocada por vários sindicatos, levou à supressão de 854 comboios, dos 1.054 programados, entre as 00:00 e as 19:00 de hoje, segundo dados enviados pela empresa à Lusa.
A percentagem de comboios suprimidos atingiu os 81,0%,tendo sido realizados os serviços mínimos decretados (200 comboios).
De acordo com os dados da CP - Comboios de Portugal,a supressão de comboios atingiu os 100% no serviço de longo curso,para o qual não foram decretados serviços mínimos.
Nos comboios regionais,dos 266 programados,foram suprimidos 213 (80,1%),tendo sido efetuados 53.
Já relativamente aos comboios urbanos,nos de Lisboa,a greve levou a que tivessem circulado apenas 99 dos 477 programados,enquanto nos do Porto,foram efetuados 44 dos 217 programados.
A taxa de supressão foi semelhante nos urbanos de Lisboa e do Porto,atingindo os 79,2% e 79,7%,respetivamente,sendo que os comboios que circularam correspondem,em ambos os casos,aos serviços mínimos decretados.
Também nos urbanos de Coimbra,dos 28 comboios que estavam programados,foram realizados quatro -- ou seja os previstos nos serviços mínimos.
Os trabalhadores da CP cumprem hoje um dia de greve,que se repete na quarta-feira,convocada por diversos sindicatos.
O Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos de 20% para os comboios urbanos e regionais.
A decisão do Tribunal Arbitral abrange,na percentagem referida,o serviço Regional e Interregional (linhas do Minho,Douro,Leste,Oeste,Beira Baixa e linha do Norte - neste último caso de e para Coimbra/Entroncamento) e o Urbano (linhas da Azambuja,Coimbra e Guimarães).
"Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular,Intercidades,Internacional,Interregional e Regional,a CP permitirá o reembolso,no valor total do bilhete adquirido,ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe",adiantou a CP em comunicado.
Estes trabalhadores já estiveram em greve no dia 28 de junho.
Para os sindicatos,"é inaceitável" que a administração da CP,depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical,queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.
O Governo,a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ),que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho,que foi suspensa,chegaram,recentemente,a acordo.
A operadora chegou também a acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) quanto à revisão das carreiras,incluindo um aumento salarial de 1,5% e a subida do subsídio de refeição para 9,20 euros.
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