A atriz de teatro Alitta — Foto: MURILLO MENDES RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você GERADO EM: 19/08/2024 - 04:02
A atriz de teatro Alitta — Foto: MURILLO MENDES
GERADO EM: 19/08/2024 - 04:02
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Aos 6 anos,Alitta saía da escola direto para a aula de música na Rocinha,maior favela do Rio,onde nasceu e vive até hoje. “Sou cria de projetos sociais. Minha mãe ia trabalhar e,para que eu não ficasse pela rua,me inscrevia em tudo quanto é aula de arte”,conta a carioca,de 28 anos. Foi no palco que Alitta se encontrou: tornou-se cantora,diretora e atriz,encantando críticos e diretores de teatro.
É o caso de Felipe Hirsch,por quem já foi dirigida em quatro espetáculos. “Das músicas às atuações ultralíricas,ela é original,traz uma força incomum,uma beleza melódica e rítmica”,afirma o diretor que trabalhou com ela pela primeira vez em “Selvageria” (2017).
Agora,ela está em cartaz com “Macário do Brazil”,no Teatro da USP,em São Paulo,até 1º de setembro. O papel surgiu num momento de maior visibilidade de sua carreira,após atuação em “Chega de saudade” (2023),peça na qual interpretou Nara Leão,e que lhe rendeu indicação ao prêmio Shell de melhor atriz deste ano,a primeira transsexual negra a disputar a categoria. O diretor,Pedro Kosovski,considera seu trabalho único. “É uma artista que passeia por canto,dança e atuação muito bem. Finca os pés no presente e abre o olhar para um futuro que promete uma arte mais plural”,diz Pedro.
Para Alitta,os fios rosas marcam nova fase artística: “Estou segura” — Foto: MURILLO MENDES
No cenário internacional,Alitta foi premiada na Alemanha pelo Radikal Jung Festival 2024,reconhecido por revelar talentos do teatro,na categoria “Melhor performer”,após participação em “A Noiva e o Boa Noite Cinderela”,que parte para mais uma turnê na Europa em setembro,desta vez na Bélgica. “No prêmio,só consegui agradecer e dizer que vinha da Rocinha. Minha presença ali já simbolizava possibilidades. Pessoas como eu existem e podem chegar a lugares inimagináveis”,lembra.
Fora dos palcos,a artista dirigiu e escreveu o filme “The Face of Ball”(2021),que conta a história do movimento ballroom,e que inspirou a criação do festival homônimo,o primeiro a celebrar a cultura Vogue na cidade do Rio de Janeiro.
Até abril conhecida como Blackyva,mudou nome para marcar nova fase. "Esperei estar segura para me registrar como Alitta e iniciar a terapia hormonal. Agora enxergo a vida de forma mais bonita",conta,revelando que sonha em abrir caminhos para mais artistas trans: "Sou porque outras vieram antes de mim".
Voa,Alitta.
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