CULTURA Dec 6, 2024 IDOPRESS

População global de tubarões e raias caiu pela metade em 50 anos, aponta estudo

População global de tubarões e raias caiu pela metade em 50 anos,segundo estudo — Foto: Divulgação

População global de tubarões e raias caiu pela metade em 50 anos,segundo estudo — Foto: Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 05/12/2024 - 20:21

Declínio preocupante de tubarões e raias: sobrepesca ameaça espécies marinhas

Estudo aponta que a população global de tubarões e raias diminuiu pela metade em 50 anos,com 1/3 dessas espécies em risco de extinção. A sobrepesca é a principal causa,impactando ecossistemas marinhos. Há áreas de conservação,mas é crucial reduzir a pressão da pesca para garantir a sobrevivência desses animais.

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A sobrepesca reduziu a população global de tubarões e raias para metade desde 1970,e um terço destas espécies marinhas está em perigo de extinção,segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science. A população de tubarões,raias e quimeras (peixes cartilaginosos próximos aos tubarões) chegou a diminuir 64,8% desde 1951,segundo o estudo,que abrange 1.199 espécies de todo o mundo.

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Raias,tubarões e quimeras,que compõem a classe dos condrichthianos,um grupo de vertebrados com 420 milhões de anos,são frequentemente capturados pela sua carne,barbatanas ou óleo de fígado. As suas capturas duplicaram entre 1950 e 2000,passando de 750 toneladas para 1,5 milhão de toneladas.

Em 2020,cerca de um terço (33,3% a 37,5%) das espécies de raias e tubarões estavam em risco de extinção,em comparação com 3,5% em 1970,segundo o estudo. Este declínio das populações tem um impacto significativo no funcionamento e equilíbrio dos ecossistemas marinhos,segundo os investigadores.

"Os tubarões são predadores. Se a sua população diminuir,isso altera toda a cadeia alimentar",disse Nathan Pacoureau,co-autor do estudo e investigador de pós-doutoramento no Instituto Universitário Europeu do Mar (IUEM) em Brest,no oeste da França.

Ameaçados de extinção,cavalos-marinhos voltam a povoar praias cariocas e outros pontos do litoral do estado

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A bióloga Natalie Freret-Meurer mostra um cavalo-marinho na Praia da Urca: duas das 46 espécies conhecidas no mundo ocorrem no Rio,e o animal foi encontrado até em locais surpreendentes,como a Lagoa de AraruamaAgência O Globo

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Cientistas do Projeto Cavalos-Marinhos do Rio de Janeiro,que estudam esses peixes há 20 anos,destacam riqueza existente naságuas urbanas Agência O Globo

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O cavalo-marinho,segundo cientista,é um indicador de que o ecossistema preserva sua estrutura básicaAgência O Globo

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Pesquisadores medem um cavalo-marinho: na Baía de Guanabara,número de animais a cada 400 metros quadrados passou de dois para 13 em seis anosAgência O Globo

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Equipe descobriu quehá populações de cavalos-marinhos mesmo nas extremamente poluídas baías deGuanabara e de SepetibaAgência O Globo

Ameaçados de extinção,cavalos-marinhos voltam a povoar praias cariocas e outros pontos do litoral do estado

Alguns tubarões também estão envolvidos no transporte de nutrientes entre ecossistemas. Quanto às raias,“algumas vasculham os sedimentos,na areia ou no lodo,para encontrar alimento. Isto faz com que os sedimentos se misturem e oxigenem,algo que outras espécies que vivem nesses sedimentos precisam”,frisou o especialista em biologia marinha. Além disso,acrescentou,as raias também contribuem para o armazenamento de carbono.

No entanto,os investigadores também identificaram “zonas de esperança”,onde as populações de tubarões e raias estão em melhor estado de conservação (Austrália,Canadá,Estados Unidos,Nova Zelândia e algumas regiões da Europa e da África do Sul).

“As nações podem reduzir o risco de extinção reduzindo a pressão da pesca para níveis sustentáveis,fortalecendo a governança das zonas de pesca e eliminando subsídios prejudiciais”,afirmou o professor Colin Simpfendorfer,da Universidade James Cook da Austrália,em um comunicado.

O estudo foi realizado no âmbito do Global Shark Trends Project (GSTP),do qual participam a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN),a Universidade Simon Fraser,do Canadá,a Universidade James Cook e o Aquário da Geórgia,nos Estados Unidos.

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