O prazo para a conclusão da obra de conceção e construção do 'metrobus' do Porto tem como data limite 23 de agosto e o primeiro veículo a hidrogénio deverá chegar entre o final de setembro e início de outubro, avançou a Metro do Porto.
Numa resposta escrita enviada ao grupo de trabalho da Assembleia Municipal do Porto que acompanha os investimentos no transporte público,a que a Lusa teve hoje acesso,o presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto,Tiago Braga,indica que a obra do metrobus,que ligará a Casa da Música à Praça do Império,tem "como data limite 23.08.2024",estando já incluídos 30 dias para ensaios de todos os sistemas.
Tiago Braga esclarece que a diferença temporal entre a data inicialmente avançada prende-se com a alteração do anteprojeto,o desenvolvimento de estudos e a alteração do faseamento construtivo previsto para "dar cumprimento à obrigatoriedade imposta pelo município de manter sempre em funcionamento duas vias de circulação rodoviária em cada sentido na Avenida da Boavista".
Segundo a Metro,a empreitada definia inicialmente a ocupação de uma via em cada sentido e das duas vias centrais,deixando livre uma via de trânsito em cada sentido.
"Pelo que para a Avenida da Boavista contemplava apenas quatro fases para a execução dos trabalhos",refere,notando que a necessidade,por decisão do município,de assegurar duas vias em cada sentido,levou a uma reformulação.
Tal,impossibilitou a ocupação da zona central da avenida,diminuiu a área do estaleiro e dificultou a execução dos trabalhos das várias infraestruturas,indica Tiago Braga.
"Dada a necessidade de assegurar o espaço das vias para o transporte rodoviário,o espaço disponível para a circulação pedonal foi também reduzido e foi necessário criar mais de 10 fases distintas de ocupação que,pela sua complexidade de implementação e situações normais de obra,se dilataram também no tempo",refere.
Tiago Braga indica ainda que a Águas e Energia do Porto apelou a que,"dado o elevado estado de deterioração das suas infraestruturas" fossem realizados trabalhos "de grande envergadura" na rua de João Grave e do Pinheiro Manso,"que é precisamente o troço com o fluxo rodoviário mais elevado".
"Uma empreitada desta dimensão,aliada ao volume de trabalhos de infraestruturas hidráulicas realizados,cujo montante já realizado ascende a cerca de 2,5 milhões de euros,tem necessariamente impacto significativo ao nível da acessibilidade e conforto de quem vive e circula na área de intervenção,sobretudo quando executados num contexto de grande condicionamento espacial como foi o caso",observa.
Tiago Braga refere ainda que a empreitada foi "fortemente condicionada pelo exíguo espaço disponível".
"O trabalho desenvolvido foi muito para além da implementação de uma nova tipologia de transporte,servindo também para a reabilitação infraestrutural de uma das artérias mais importantes da cidade do Porto",acrescenta.
Questionado sobre quando chegará o material circundante,Tiago Braga esclarece que o primeiro dos 12 veículos chegará entre o final de setembro e início de outubro,"sendo ainda expectável que os veículos necessários para a exploração da primeira fase do BRT sejam entregues até ao final do presente ano".
O presidente do Conselho de Administração da Metro indica ainda estar previsto que a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) inicie a operação do 'metrobus' com autocarros elétricos "durante o período transitório que for necessário após a conclusão da empreitada de construção do canal do BRT".
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