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VaideBet rompeu contrato com o Corinthians no último dia 7 — Foto: Gustavo Vasco/Corinthians
GERADO EM: 23/06/2024 - 22:13
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A crise que o Corinthians vive na temporada passa também pelos agitados bastidores do clube. Neste domingo,o programa Fantástico,da TV Globo,mostrou detalhes da investigação de suspeita de lavagem de dinheiro que levou ao rompimento do contrato da VaideBet,então patrocinadora máster,até o último dia 7. A casa de apostas,que rompeu o contrato assim que tomou ciência das transferências suspeitas,pagaria R$ 370 milhões por patrocínio até o fim de 2026 e já tinha feito o pagamento de R$ 66 milhões desde janeiro.
Segundo a investigação,o Corinthians fez dois depósitos de R$ 700 mil para a Rede Social Media Design,empresa de Alex Fernando André,conhecido com Alex Cassundé,que trabalhou na campanha de Augusto Melo,atual presidente do clube. Os valores seriam comissão por intermediar o contrato com a patrocinadora.
Só que,ainda de acordo com a Polícia Civil de São Paulo,a Rede Social Media Design fez duas transferências,de R$ 580 mil e R$ 462 mil para a conta de outra empresa,a Neoway Soluções Integradas. No endereço da Neoway (Avenida Paulista,171),visitado pela TV Globo,não há qualquer sinal de funcionamento da empresa,o que levou os investigadores a acreditarem que se trata de um empreendimento de fachada e parte de um esquema de lavagem de dinheiro.
Advogado de Alex Cassundé,Claudio Salgado chegou a admitir ao Fantástico que houve contato entre Cassundé e a Neoway. Segundo documento obtido pelo programa,os pagamentos feitos para a Neoway estariam ligados à prestação de serviço de telemedicina,um dos ramos (saúde) em que Cassundé tem negócios.
A história envolve ainda Edna Oliveira dos Santos,uma pessoa de "poucos recursos e que vive de favor",segundo o delegado,que aparece como dona da Neoway. Antes de prestar depoimento à polícia,ela foi visitada por Adriana Ramuni. Também em depoimento,Adriana diz que foi contratada por uma de investigação particular chamada Vênus para investigar a situação de Edna. Segundo indícios da polícia informados pelo Fantástico,a empresa de investigação foi contratada por Armando Mendonça,segundo vice-presidente do Corinthians.
A investigação da Polícia Civil foi além e chegou à ACJ Plataform Comercio e Serviços,que centralizaria um grupo de empresas suspeito de lavagem de dinheiro,da qual a Neoway faria parte. Ele teria recebido R$ 600 mil reais da ACJ entre novembro e fevereiro. Várias das pessoas ligadas às empresas envolvidas vivem ou circulam pelo bairro Jardim Caraminguava,em Peruíbe,município do litoral sul de São Paulo. O Fantástico não conseguiu contato com os representes da ACJ.
— A gente chegou à conclusão de que a empresa Neoway e outras empresas possivelmente coligadas a ela e talvez criadas pelo mesmo grupo criminoso,todos estejam envolvidos num grande esquema de lavagem de dinheiro,de lavagem de capitais,de ocultação de bens — explicou o delegado Thiago Correia,que diz que a investigação considera o clube como vítima.
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