O indicador de confiança dos consumidores aumentou em junho para o valor mais alto desde fevereiro de 2022, enquanto o indicador de clima económico diminuiu, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo os resultados dos "Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores",o indicador de confiança dos consumidores "aumentou em junho,após ter diminuído em maio,registando o valor mais elevado desde fevereiro de 2022".
Já o indicador de clima económico,baseado em inquéritos às empresas,"diminuiu em junho,contrariando o aumento observado no mês anterior".
No mês em análise,os indicadores de confiança diminuíram no comércio e nos serviços,tendo "aumentado moderadamente" na indústria transformadora e na construção e obras públicas.
De acordo com o INE,a evolução do indicador de confiança dos consumidores em junho resultou do contributo positivo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país e das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar.
Em sentido contrário,as perspetivas sobre a evolução futura da realização de compras importantes por parte das famílias e da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo negativo,"ligeiro no último caso".
O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou em junho,após ter diminuído no mês anterior,retomando a trajetória positiva observada entre dezembro e abril e aproximando-se do valor registado em fevereiro de 2022.
Quanto ao saldo das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar,"diminuiu ligeiramente no último mês,depois dos aumentos registados nos seis meses anteriores".
Por sua vez,o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços "diminuiu nos últimos dois meses,significativamente em maio,após o aumento registado em abril",tendo o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuído em junho,após os aumentos dos dois meses precedente.
Na indústria transformadora,a confiança aumentou em maio e junho,após ter diminuído em março e abril,traduzindo o contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e das perspetivas de produção,enquanto as apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados contribuíram negativamente.
Por seu turno,o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou entre abril e junho,após ter diminuído em março,tendo a evolução no último mês refletido o contributo positivo das apreciações sobre a carteira de encomendas,uma vez que o saldo das perspetivas de emprego diminuiu.
No setor do comércio,o INE dá conta que o indicador de confiança diminuiu em junho,após ter aumentado no mês anterior,traduzindo o contributo negativo das opiniões sobre o volume de vendas,enquanto as apreciações sobre o volume de 'stocks' e as perspetivas de atividade da empresa contribuíram positivamente.
A confiança diminuiu no comércio por grosso e aumentou no comércio a retalho.
Quanto aos serviços,viram o indicador de confiança diminuir nos últimos três meses,após ter aumentado em março.
Segundo o INE,a evolução do indicador resultou do contributo negativo de todas as componentes: Apreciações sobre a atividade da empresa,opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas relativas à evolução da procura,"mais expressiva no primeiro caso".
Os períodos de recolha de informação pelo instituto estatístico decorreram entre 02 e 16 de junho no caso do inquérito aos consumidores,com 1.223 respostas obtidas por entrevista telefónica,e entre 01 a 21 de junho no caso dos inquéritos às empresas.
[Notícia atualizada às 10h19]
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