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Julho Amarelo: campanha intensifica combate às hepatites virais no Rio de Janeiro

Surto de hepatite em crianças preocupa — Foto: Unsplash RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você

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GERADO EM: 09/07/2024 - 04:30

Julho Amarelo no Rio: Combate às Hepatites Virais

Campanha Julho Amarelo intensifica combate às hepatites virais no Rio de Janeiro com testagem gratuita,palestras e distribuição de materiais informativos. SUS oferece diagnóstico e tratamento,ressaltando a importância da prevenção e conscientização.

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Este mês,o Grupo de Fígado do Rio de Janeiro (GFRJ) lança uma série de iniciativas para conscientizar e prevenir as hepatites virais,doenças silenciosas que comprometem o fígado. Em todo mundo,milhões de pessoas são afetadas. No Brasil,os vírus mais comuns são os tipos A,B e C,sendo mais frequente os casos B e C,que causa uma doença crônica,representando um desafio significativo de saúde pública. A testagem é a melhor maneira de promover o acesso ao tratamento gratuito. Por isso,hospitais como o Federal dos Servidores do Estado,Geral de Bonsucesso e Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ estão programando sessões de testagem e orientação durante todo o mês de julho.

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- É essencial aumentar a conscientização sobre as hepatites virais,pois muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas visíveis por anos - explica a Dra. Cassia Guedes Leal,presidente do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro. Nosso objetivo é identificar esses casos silenciosos através de campanhas de testagem e promover o acesso ao tratamento,que é totalmente gratuito no SUS.

A campanha deste ano teve seu pontapé inicial no final de junho,com um mutirão de Elastografia e Ultrassonografia em Copacabana,na Zona Sul do Rio,beneficiando pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Mais de 60 exames foram realizados,revelando casos graves que demandam intervenção imediata.

Com a oferta de testes rápidos e vacinação contra hepatite B disponíveis gratuitamente nas unidades básicas de saúde,o Brasil está na vanguarda do combate a esta doença. No entanto,o desafio persiste em identificar e tratar aqueles que vivem com hepatites virais sem saber.

- A testagem é crucial para alcançarmos as metas estabelecidas pela OMS de eliminação das hepatites virais até 2030 - destaca Dra. Cassia. Para isso,é fundamental que todas as pessoas realizem pelo menos um teste em suas vidas,especialmente aqueles com histórico de transfusão sanguínea antes de 1992,usuários de drogas,profissionais do sexo,entre outros grupos vulneráveis.

A hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada por vírus,uso de alguns remédios,álcool e outras drogas,além de doenças autoimunes,metabólicas e genéticas. É uma infecção que atinge o fígado,causando alterações leves,moderadas ou graves.Os vírus da hepatite são transmitidos através do contato com sangue,por meio de compartilhamento de seringas,agulhas,lâminas de barbear,alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam.

No Brasil,o Ministério da Saúde estima que pelo menos 70% da população já teve contato com o vírus da hepatite A e 15% com o vírus da hepatite B. Nos últimos 20 anos,mais de 785 mil pessoas foram diagnosticadas com hepatite. Casos crônicos de hepatite B e C devem corresponder a cerca de 1,0% e 1,5% da população brasileira,respectivamente.

As mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A,B e C. Existem ainda,com menor frequência,o vírus da hepatite D (mais comum na Região Norte do país) e da hepatite E,que é menos frequente no Brasil,sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

Saiba quando e onde fazer a testagem gratuita no Rio:

09/07

Hospital Federal dos Servidores do Estado: 100 testes

Hospital Geral de Bonsucesso: 100 testes

10/7

Hospital Federal de Ipanema: 200 testes.

11/07

Hospital Universitário Antônio Pedro /UFF: 100 testes

23/07

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ - 100 testes

Além das ações nos hospitais,a campanha inclui palestras,panfletagem e a distribuição de materiais informativos em diversas localidades da cidade do estado do Rio,com objetivo de educar a população sobre os modos de transmissão e medidas preventivas contra as hepatites virais.

Diagnóstico e tratamento

O SUS disponibiliza meios para diagnosticar as hepatites virais,sejam exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais,em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C,a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA),geralmente por 8 ou 12 semanas,apresentando taxas de cura de mais de 95%.

A hepatite B não possui cura,mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona,tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e complicações.

Sintomas

Os sintomas podem se manifestar por meio do cansaço,febre,mal-estar,tontura,enjoo,vômitos,dor abdominal,pele e olhos amarelados,urina escura e fezes claras. Atualmente,existem testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C,que estão disponíveis no SUS. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.

Prevenção

Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A,o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro,trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer,além do uso de água tratada,saneamento básico e higienização adequada dos alimentos. Desde 2014,crianças de 15 meses até menores de 5 anos recebem a vacina pelo calendário nacional de imunização. Essa medida reduziu drasticamente a incidência de hepatite A.

A vacina também está disponível para algumas populações especiais em adultos,como pessoas vivendo com HIV (PVHA),pessoas portadoras de doenças hepáticas crônicas e outras situações de imunossupressão.

Já a prevenção das hepatites B e C passa por evitar o contato com o sangue contaminado. Portanto,recomenda-se a utilização de preservativos nas relações sexuais,sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens,equipamentos ou utensílios de uso pessoal. A hepatite B também pode ser prevenida por meio da imunização,e apenas a do tipo C não possui vacina.

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