Pix é administrado pelo BC — Foto: Agência O Globo RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você
Pix é administrado pelo BC — Foto: Agência O Globo
GERADO EM: 24/07/2024 - 04:00
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Grande marca da gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central,o Pix terá uma nova função ainda este ano,antes da despedida do atual presidente,em 31 de dezembro. A partir de outubro,será obrigatória a oferta do Pix agendado recorrente por todas as instituições financeiras participantes do sistema de pagamentos. A novidade deve facilitar as transferências frequentes entre pessoas físicas,como pagamento de aluguel e mesadas.
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Já o lançamento do “débito automático” do Pix,para pagamentos periódicos a empresas,foi adiado de outubro deste ano para junho de 2025. Como causas,o diretor do BC Renato Gomes,responsável pelo Pix,apontou ao GLOBO a restrição orçamentária e de pessoal do órgão como fundamentais,o que reforça,segundo ele,a necessidade da ampliação da autonomia da instituição,discutida no Congresso.
De acordo com o diretor do BC,os recursos hoje disponíveis são alocados prioritariamente na manutenção do funcionamento do sistema e nas soluções de segurança. Campos Neto,inclusive,já disse em alguns eventos que os cortes de orçamento do BC trazem temores sobre a capacidade de “rodar o Pix”. Mas Gomes afasta qualquer risco de paralisação do meio de pagamento mais usado do país.
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— Tem problemas orçamentários e de recursos humanos graves,mas eles não colocam em risco a operação do Pix. O Pix não está,nunca esteve e não estará em risco — disse em entrevista ao GLOBO.
Outra novidade que pode estar disponível no ano que vem é o Pix por aproximação,que vai permitir que os pagamentos ocorram apenas encostando o celular nas maquininhas. Gomes prevê que a função pode consolidar o uso do Pix na “boca do caixa”.
BC anuncia mudanças no PIX — Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Na agenda do BC,ainda está prevista a possibilidade de fazer um Pix para outro país,mas ainda não há prazo definido. Gomes afirmou que a comunidade internacional concluiu que a integração de sistemas de pagamentos instantâneos,como o Pix,pelo mundo é a melhor solução para transferências internacionais.
A ferramenta que permite agendar pagamentos que ocorrem em um período definido já está disponível em alguns bancos,mas passará a ser obrigatória em 28 de outubro deste ano. O destinatário da transferência pode ser pessoa física ou empresa,mas o pagador tem de fornecer as instruções para a realização da operação.
A função é uma alternativa ao débito automático para pagamentos periódicos a empresas mediante autorização prévia no aplicativo do banco pelo cliente. É o caso de mensalidades de escolas,academias,plano de saúde e streaming,além de faturas de serviços públicos,como água e luz.
Segundo o BC,a opção pelo débito automático é hoje limitada a poucas empresas,pois depende de contratos com cada banco - algo custoso. A ferramenta deve estar disponível em 16 de junho de 2025. Inicialmente,o lançamento estava previsto para 28 de outubro deste ano,mas,com várias etapas de desenvolvimento atrasadas,como antecipou o GLOBO,precisou ser adiado.
A partir de 28 de fevereiro de 2025,os pagamentos por aproximação pelo Pix poderão ser oferecidos à população. O BC vai criar o “encanamento” para incluir o Pix em carteiras digitais,como Google Pay e Apple Pay,por meio de uma inovação no Open Finance,e também facilitar os pagamentos no comércio eletrônico,tornando desnecessário que o comprador abra o aplicativo do banco.
O diretor Renato Gomes explicou que o mercado terá de oferecer o produto Pix por aproximação em si,mas avalia que há condições de isso ocorrer em fevereiro do ano que vem. Paralelamente,o BC estuda outras formas de oferecer o serviço. Para Gomes,esse é um passo importante para o Pix se consolidar como meio de pagamento na “boca do caixa”.
— Funciona muito bem,mas a experiência para o usuário poderia ser melhor. É muito clique,às vezes o aplicativo do banco não abre. Essa experiência do usuário tem a melhorar e acho que o Pix por aproximação vai preencher essa lacuna. E vai também trazer mais competição para os pagamentos no varejo.
Assim como já fez com os pagamentos no país,o Pix também poderá baratear as transferências internacionais. A integração do meio de pagamento instantâneo brasileiro com o sistema de outros países é um passo que está na agenda do BC,mas depende do acerto com outros países ou instituições multilaterais. Atualmente,há uma iniciativa do Banco de Compensações Internacionais (BIS) para integrar diferentes sistemas ao redor do mundo,o Nexus,que já passou por testes em alguns países,como Indonésia,Tailândia e Malásia.
Gomes diz que o Brasil tem bastante “entusiasmo” por uma solução multilateral,mas que a entrada efetiva do Brasil deve depender da participação de seus parceiros preferenciais,como é o caso de União Europeia,Estados Unidos e Japão.
— Em função de quais parceiros estão interessados em se juntar ao Nexus,o BC vai poder ter mais segurança sobre os benefícios de fazê-lo. Estamos neste momento de avaliação. Está todo mundo olhando para onde os grandes países vão.
Também estão na agenda do BC,sem data prevista,inovações no Pix como o QR Code gerado pelo pagador,o que deve possibilitar o pagamento de forma offline,e o Pix Garantido,que permitiria o parcelamento de compras pelo sistema criado pelo BC.
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