Enterro de Fábio Toshiro Kikuta. Ele foi atropelado pelo influenciador Vitor Vieira Belarmino que estava alcoolizado enquanto dirigia sua BMW. De casaco cinza a esposa da vítima. — Foto: Beatriz O
Enterro de Fábio Toshiro Kikuta. Ele foi atropelado pelo influenciador Vitor Vieira Belarmino que estava alcoolizado enquanto dirigia sua BMW. De casaco cinza a esposa da vítima. — Foto: Beatriz Orle/O Globo
GERADO EM: 25/07/2024 - 04:30
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Dois casos de grande repercussão no Rio ainda não foram concluídos pela polícia,seja por falta de depoimentos ou porque um dos envolvidos está foragido. Mesmo com seu rosto em cartazes e estampado em diversas publicações nas redes sociais,influenciador Vitor Vieira Belarmino,de 30 anos,ainda não foi encontrado. Ele foi apontado pela polícia como o motorista da BMW que atingiu Fábio Toshiro Kikuta,de 42 anos,morto horas após seu casamento. Já no inquérito de racismo na roda de samba na Praça Tiradentes,no Centro do Rio,na última sexta-feira,ainda falta identificação e o depoimento dos envolvidos que foram flagrados imitando macacos. Segundo a Polícia Civil,testemunhas estão sendo ouvidas.
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A peça que falta para dar um desfecho na investigação do fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta é localizar o influenciador Vitor Vieira Belarmino,de 30 anos. Ele foi indiciado pela Polícia Civil como o motorista da BMW que atingiu Kikuta enquanto ele atravessava a Avenida Lúcio Costa,no Recreio dos Bandeirantes,e de ter fugido sem prestar socorro.
Momento em que socorrista faz massagem cardíaca para tentar reanimar Fabio Toshiro — Foto: Reprodução/TV Globo
Desde domingo (14),quando ele teve a prisão decretada pela Justiça,ele é considera um foragido. A polícia realiza diligências para tentar encontrá-lo,mas ainda teve sucesso.
Durante as investigações,uma testemunha contou à polícia que Belarmino estava comemorando o aniversário em um condomínio perto da praia do Recreio,quando por volta das 23h,foi junto a uns amigos dar uma volta pela orla no carro do influenciador. A jovem,que estava no banco do carona,contou que viu Vitor "desviar de um carro" e acertar Fábio na via.
Outra testemunha contou que diminuiu a velocidade de seu carro para que o casal pudesse atravessar a avenida. Em seguida,ouviu um “barulho forte” e viu que Fábio Kikuta havia sido atropelado por uma BMW conversível,cuja capota estava aberta. Com o carro em movimento,os passageiros empurraram o corpo de Fábio para fora.
Depois que o corpo caiu no chão,eles teriam fugido,conta a testemunha. A BMW foi encontrada na garagem do influenciador,com manchas de vinho e uma taça quebrada em seu interior. O carro estava com o para-brisa quebrado,a frente destruída e com manchas de sangue.
Em nota encaminhada ao Globo,a defesa de Vitor,afirmou que ele “não estava alcoolizado e que estava dentro da velocidade permitida”. Disse também que irá provar no inquérito que foi um acidente e que Vitor não teve culpa na morte da vítima,e que ele “chegou a parar o veículo mais à frente,mas não voltou ao local do acidente porque ficou em choque no momento,sem reação,e teve medo de linchamento porque viu que populares começaram a se aglomerar no local”.
Na última sexta-feira (19),a jornalista Jackeline Oliveira filmou um homem e uma mulher,ambos brancos,imitando macacos em gestos e sons,enquanto uma roda de samba acontece. A mulher chega a fingir tirar algo da cabeça do companheiro e colocar na boca. Uma segurança e um controlador de acesso do evento contaram ter visto ao menos mais uma pessoa,além dessa dupla,fazendo os mesmos atos racistas.
Homem e mulher flagrados imitando macacos em roda de samba no Rio — Foto: Reprodução
Após a repercussão do caso,a mulher foi identificada como uma argentina de Buenos Aires,que veio ao Rio para participar do Fórum Latino-americano de Educação Musical. O homem seria um brasileiro que mora em São Paulo. Nesta quarta-feira,uma escola bilíngue de SP publicou numa rede social nota informando que tomou medidas cabíveis em relação a um "colaborador" pelo ato racista acontecido numa roda de samba na Praça Tiradentes.
A identidade deles ainda não foi divulgada e não há informações sobre o paradeiro de ambos. Segundo a polícia,a investigação está em andamento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi),que realiza diligências para elucidar os fatos.
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