A consultora de estilo Costanza Pascolato; ela usa paletó Dolce & Gabbana e joias HStern — Foto: CÁSSIA TABATINI
A consultora de estilo Costanza Pascolato; ela usa paletó Dolce & Gabbana e joias HStern — Foto: CÁSSIA TABATINI
GERADO EM: 22/09/2024 - 04:30
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Costanza Pascolato é a quinta convidada do "ELAPod",podcast da Revista ELA disponível pelo canal do jornal O GLOBO no YouTube. A consultora de moda e estilo mais famosa do Brasil completou 85 anos na última quinta-feira. No papo com a editora chefe da Revista ELA,Marina Caruso,Costanza relembra várias passagens marcantes da vida e diz que não tem planos de parar de trabalhar: 'Não vou me aposentar. Minha vida foi uma coleção de épocas e como é importante viver intensamente as fases do mundo".
Dona de uma trajetória que daria um filme,Costanza Pascolato nasceu em Siena,na Itália,e chegou ao Brasil com 4 anos. De família aristocrática italiana,sua mãe,Gabriella Pascolato,fundou na década de 1940,a Tecelagem Santaconstância. "Ela foi genial",analisa a consultora a trajetória desbravadora da mãe,"Ela chegou a conhecer a Argentina,mas decidiu pelo Brasil por ter achado os brasileiros muito mais legais",conta.
lCostanza se casou aos 22 anos com o americano Robert Blocker,teve duas filhas,Consuelo e Alessandra. No começo dos anos 1970,encontrou a grande paixão da sua vida,o marquês italiano Giulio Cattaneo della Volta. Pediu a separação e,por causa disso,perdeu a guarda das filhas. Nesse período,precisou começar a trabalhar na Editora Abril,abrindo as portas de uma carreira irretocável. Depois do casamento com Giulio,que morreu em 1990,Costanza se casou com o jornalista Nelson Motta,de 1999 a 2001.
Costanza Pascolato e a editora chefe da Revista ELA,Marina Caruso — Foto: divulgação
Foram vários obstáculos enfrentados,mas o que deixou mais cicatrizes foi uma depressão profunda aos 49 anos. No podcast,Costanza revela que pensou em tirar a própria vida. "Não tinha nenhum acontecimento específico dramático,foi uma questão química. A depressão profunda é horrível,sofri horrores e,naquela época,não existiam remédios. Para aliviar a dor,eu só trabalhava",conta. "Fiquei alucinada e a dor insuportável,um buraco. Teve um dia que fui me jogar pela janela. Cheguei a subir,olhei pra baixo. No que abaixei,vi o terno branco do Armani e pensei: 'Ah,não,assim vai ficar horrível'".
Sobre sua conexão com o novo,ela justifica: "Sempre fui muito curiosa". Outra dica que Costanza dá para se manter o equilíbrio é a prática da meditação que ela faz por meio. "Todo dia pela manhã".
Sobre a moda,analisa: "A moda,para mim,sempre foi representação do comportamento de uma época. Agora,estamos pulverizando as vontades e vamos 'nichar' muito mais. E ainda não entrou a Inteligência Artificial. Você tem de se identificar com uma marca que não pode ser gigante,o logo não significa mais quase nada. Moda não é mais só roupa,é tudo".
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