A Airbus anunciou que vai cortar 2.500 postos de trabalho na divisão de Defesa e Espaço, o que constitui o mais recente sinal das dificuldades que a indústria aeroespacial europeia enfrenta.
A divisão,que emprega 35.000 pessoas,está a enfrentar uma queda na procura de satélites e,como resultado,a Airbus afirmou,num comunicado,que tinha de adaptar a sua organização e a sua força de trabalho.
"Prevê-se que estas medidas resultem na supressão de 2.500 postos de trabalho na Airbus Defence and Space até meados de 2026",lê-se na nota distribuída.
A empresa referiu ainda que vai começar as negociações com os sindicatos sobre as mudanças previstas,tendo declarado também que tenciona evitar despedimentos forçados.
"Não está prevista nenhuma ação obrigatória,a Airbus trabalhará com os seus parceiros sociais para limitar o impacto,utilizando todas as medidas sociais disponíveis",salientou.
O lucro da Airbus caiu 46% para 825 milhões de euros no primeiro semestre do ano,devido a uma redução de 989 milhões de euros na sua atividade espacial.
O presidente executivo da Airbus Defence and Space,Mike Schoellhorn,citado no comunicado,afirmou que "nos últimos anos,o setor da defesa e do espaço e,por conseguinte,a nossa divisão,foi afetado por um ambiente empresarial muito difícil e em rápida mutação".
Entre os desafios enfrentados constam "as perturbações nas cadeias de abastecimento,as mudanças rápidas por causa da guerra e a pressão sobre o setor da defesa e do espaço",salientou o gestor.
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