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Fabrício Orrigo,diretor de produtos agro da Totvs — Foto: Divulgação/Totvs
GERADO EM: 18/11/2024 - 17:14
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As empresas de grande porte no agronegócio se mantêm na vanguarda do uso de tecnologias de campo,de gestão e de análise de dados de duas operações. Mas ainda há espaço para ampliar essa utilização,especialmente pelas empresas de menor porte. A avaliação é da Totvs empresa do setor de tecnologia,que fornece soluções operacionais e de administração para diversos segmentos do agro.
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A Totvs fez uma pesquisa sobre produtividade tecnológica e digitalização no setor,com 350 executivos de empresas com um faturamento mínimo de R$ 20 milhões. Entre as grandes,58% informaram ter sistemas de processamento de dados em tempo real. Nas médias-grandes,são 44%; nas médias,15%; e nas pequenas,36%.
Fabrício Orrigo,diretor de produtos agro da Totvs,diz que a explicação para esse cenário vai além do tamanho das empresas. Tem a ver também com estrutura,capacidade de acesso a recursos e a existência de processos mais estabelecidos.
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“Quando as empresas começam a ter um porte maior,passam a ter processos mais estruturados,e se torna uma necessidade ter controles,gestão e compliance. Os sistemas vêm ajudar em tudo isso. Nas de menor porte,os investimentos acabam se concentrando na produção,como porta de entrada,para,depois,ir para a gestão”,afirma.
Com uma maturidade tecnológica maior,as grandes companhias podem influenciar as demais e,assim,contribuir com a digitalização em todo o agronegócio,na visão da Totvs. Os desafios,de acordo com Orrigo,são diversos. Um deles,é cultural,que tende a ser vencido à medida que a gestão das empresas passe por uma mudança geracional.
Outro desafio é como atender um setor diversificado,como a agropecuária. O diretor de produtos agro da Totvs diz acreditar que um caminho é a segmentação. Um mesmo sistema voltado para a cana-de-açúcar,por exemplo,poderia abranger usuários de vários portes e perfis na cadeia produtiva. O mesmo poderia ocorrer em outras áreas.
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“Um cliente mais complexo vai utilizar todos os módulos do sistema. Outro vai usar menos módulos,porque não tem uma operação que demanda um controle maior”,explica.
E há também a questão da conectividade,em dois aspectos específicos. Um é o acesso à internet,que avança,mas ainda é gargalo no campo. A Associação ConectarAGRO estima que a proporção de imóveis rurais conectados no Brasil é de 43,8%. O outro aspecto é interconectar as informações geradas pelas diversas soluções.
“As empresas de maior porte já estão à frente nesse sentido porque já têm ferramentas mais robustas ou trabalham com fornecedores de sistemas integrados. Para as menores,integração dos sistemas ainda é um desafio grande”,diz Orrigo.
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Atualmente,a Totvs atua nas áreas de crédito,performance de negócios e gestão,segmento que inclui os clientes do agronegócio. No setor,tem clientes em bioenergia,originação e beneficiamento. Orrigo não detalha a participação do agro nos negócios. Afirma apenas que o segmento cresce em patamares superiores às metas.
“O agro,neste ano,teve desafios,principalmente com questões climáticas. Acreditamos que 2025 tende a ser melhor. Estamos investindo em novas funcionalidades para atender o mercado”,resume,explicando que a estratégia é diversificar o portfólio,seja de forma orgânica ou por parcerias e aquisições.
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