O Índice de Preços no Consumidor (IPC) em Macau subiu 0,77% em maio, em termos anuais, o valor mais baixo desde fevereiro de 2023, quando a região ainda recuperava da pandemia, foi hoje anunciado.
Em abril o IPC tinha aumentado 0,92% em termos anuais.
Num comunicado,a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) de Macau justificou a aceleração com uma descida de 3% no custo dos transportes e de 0,9% nos preços da recreação e cultura.
Macau reabriu por completo as fronteiras em 08 de janeiro de 2023,após quase três anos de rigorosas restrições devido à política 'zero covid',que chegaram a incluir quarentenas até 28 dias no regresso ao território.
Com o fim das restrições,a região registou uma diminuição de 29,6% no preço dos bilhetes de avião e de 3,1% no custo das excursões e hotéis no exterior.
Além disso,os dados oficiais mostram uma queda de 15,6% no preço da carne de porco,a mais popular entre os consumidores chineses.
Ainda assim,Macau registou uma subida de 1,2% nos preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas,sobretudo devido a um aumento de 2,4% no custo das refeições adquiridas fora de casa.
Os gastos com gás natural e eletricidade subiram 4,9% e 1,5%,respetivamente,e o preço da gasolina e gasóleo para automóveis,aumentou 6,1%
Por outro lado,os gastos com os cuidados de saúde aumentaram 2,8%,o custo das propinas do ensino superior cresceu 8,5% e o preço dos apartamentos subiu 0,3%.
Isto depois da Assembleia Legislativa de Macau ter aprovado,em 18 de abril,o fim de vários impostos sobre a aquisição de habitações,para "aumentar a liquidez" no mercado imobiliário,defendeu na altura o secretário para a Economia e Finanças,Lei Wai Nong.
O IPC da China continental,de longe o maior parceiro comercial de Macau,subiu 0,3% em maio.
Foi o quarto mês consecutivo em que a China registou inflação em termos anuais,depois de,no final de 2023 e no início deste ano,ter registado uma tendência deflacionária,também durante quatro meses.
A deflação reflete debilidade no consumo doméstico e no investimento e é particularmente gravoso,já que uma queda no preço dos ativos,por norma contraídos com recurso a crédito,gera um desequilíbrio entre o valor dos empréstimos e as garantias bancárias.
Macau registou deflação durante 10 meses consecutivos,entre setembro de 2020 e junho de 2021,no pico da crise económica causada pela pandemia de covid-19.
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