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Neurocientistas revelam por que alimentos gordurosos são tão atraentes para o cérebro; entenda

Milkshakes foram os alimentos escolhidos para o experimento — Foto: KamranAydinov/Freepik RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você

Milkshakes foram os alimentos escolhidos para o experimento — Foto: KamranAydinov/Freepik

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GERADO EM: 29/06/2024 - 04:01

Ligação entre textura dos alimentos e cérebro: opções saudáveis.

Neurocientistas descobrem ligação entre textura dos alimentos gordurosos e cérebro,abrindo caminho para opções saudáveis e de baixas calorias. Estudo revela que o córtex orbitofrontal é sensível a texturas suaves,influenciando preferência por comidas ricas em gordura.

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Uma pesquisa publicada no Journal of Neuroscience revela uma ligação fascinante entre a textura dos alimentos gordurosos e o sistema de recompensa do cérebro. O estudo descobriu que a textura macia dos alimentos com alto teor de gordura ativa uma área específica do cérebro chamada córtex orbitofrontal,que está envolvida na atribuição de valor às experiências sensoriais. Esta descoberta pode abrir caminho para a criação de alimentos mais saudáveis ​​e com baixas calorias,que ainda satisfaçam os nossos desejos por texturas ricas e gordurosas.

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A motivação por trás do novo estudo resultou de uma necessidade de compreender por que os humanos têm uma forte preferência por alimentos ricos em gordura. Pesquisas anteriores estabeleceram que alimentos ricos em gordura e açúcar tendem a provocar uma sensação agradável na boca,o que pode impulsionar o comportamento alimentar e contribuir para a obesidade.

Ao investigar os mecanismos neurais por trás desta preferência,os investigadores pretenderam descobrir como o cérebro traduz as propriedades físicas dos alimentos em avaliações subjetivas que influenciam os hábitos alimentares. Esta compreensão poderia ajudar a desenvolver alimentos de baixas calorias que imitam a textura gratificante de alimentos ricos em gordura,potencialmente ajudando na luta contra a obesidade.

O estudo envolveu 22 voluntários saudáveis ​​com idades entre 19 e 36 anos,que participaram de uma série de experimentos destinados a isolar e examinar suas respostas a diferentes texturas e sabores de alimentos líquidos. Os participantes foram convidados a provar vários milkshakes com alto teor de gordura e baixo teor de gordura com teor controlado de açúcar,enquanto sua atividade cerebral foi monitorada por meio de ressonância magnética funcional (fMRI). Os milkshakes foram projetados para variar em textura,alterando sua viscosidade (espessura) e coeficiente de fricção deslizante (CSF),que mede a suavidade com que o líquido se move na boca.

Os participantes foram treinados para mover a língua de maneira padronizada enquanto experimentavam os milkshakes para garantir distribuição consistente e estimulação sensorial. Eles avaliaram as sensações de doçura,espessura e oleosidade de cada amostra e fizeram lances monetários indicando quanto pagariam para consumir mais de cada milkshake. Isso permitiu aos pesquisadores vincular as percepções sensoriais às avaliações e à atividade neural.

O estudo descobriu que o córtex orbitofrontal (OFC) era particularmente sensível à textura macia de alimentos ricos em gordura. Quando os participantes provaram milkshakes com menor fricção deslizante (textura mais suave),essa área do cérebro apresentou maior atividade. Além disso,os padrões de atividade do OFC não refletiam apenas a textura física,mas também se correlacionavam com as avaliações econômicas dos participantes.

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Curiosamente,embora a viscosidade também tenha influenciado as percepções de textura,foi o LCR que teve um impacto mais forte nas classificações de espessura e oleosidade,bem como nas avaliações de valor. As comidas com menor LCR foram geralmente classificados como mais elevados em termos de oleosidade e espessura,e os participantes estavam dispostos a pagar mais por estes alimentos ricos em gordura.

Além disso,o estudo mostrou que a sensibilidade do OFC a essas texturas previu as preferências dos participantes por alimentos mais gordurosos em um teste alimentar naturalista separado. Isto sugere que o OFC desempenha um papel fundamental na forma como percebemos e valorizamos as texturas suaves destas comidas,ligando a informação sensorial às decisões econômicas.

O estudo fornece informações inéditas sobre os mecanismos neurais subjacentes à avaliação da textura dos pratos,mas tem algumas limitações. O tamanho da amostra foi relativamente pequeno e o estudo centrou-se numa faixa etária específica e num grupo demográfico de saúde,que pode não ser representativo da população em geral. Pesquisas futuras poderiam incluir um grupo mais diversificado de participantes para verificar se essas descobertas se aplicam a diferentes idades,condições de saúde e origens culturais.

Além disso,o estudo se concentrou em líquidos. Os alimentos sólidos têm texturas mais complexas e podem interagir de forma diferente com as superfícies orais,levando potencialmente a diferentes respostas. Mais pesquisas poderiam explorar como várias texturas de sólidos influenciam a atividade cerebral e o comportamento alimentar.

Outra área para pesquisas futuras é a investigação de como essas descobertas podem ser aplicadas para desenvolver opções alimentares mais saudáveis. Ao compreender como o cérebro valoriza os alimentos,os cientistas podem conceber substitutos de gordura com baixas calorias que imitem as texturas desejáveis ​​dos alimentos ricos nela,ajudando potencialmente a reduzir a alimentação excessiva e a obesidade.

O estudo,“Um mecanismo neural no córtex orbitofrontal humano para preferir alimentos ricos em gordura com base na textura oral”,foi de autoria de Putu A. Khorisantono,Fei-Yang Huang (黃飛揚),Michael PF Sutcliffe,Paul C. Fletcher,I. Sadaf Farooqi e Fabian Grabenhorst.

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