A administração da CP salientou hoje que o acordo alcançado com o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) contém matérias que abrangem todos os trabalhadores, incluindo o aumento salarial e do subsídio de refeição.
"O acordo alcançado entre a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) resultou da renegociação do respetivo Regulamento de Carreiras e contém matérias que são extensíveis a todas as categorias profissionais da CP,dado que inclui um aumento de 1,50% das tabelas salariais e um aumento do subsídio de refeição para 9,20 euros",lê-se numa nota enviada hoje à Lusa.
"Tendo em conta que as alterações têm natureza transversal,as mesmas serão estendidas a todas as áreas da empresa,no âmbito da renegociação do Regulamento de Carreiras,beneficiando os demais trabalhadores da CP das melhorias acordadas,garantindo-se assim uma aplicação equitativa e abrangente dos termos negociados",acrescenta-se no texto.
A CP vai reunir na próxima semana para continuar as negociações relativas ao regulamento das carreiras,acrescentando que vai "assegurar que todas as preocupações dos trabalhadores sejam devidamente abordadas".
Na sexta-feira,a Lusa noticiou que os trabalhadores da CP vão voltar a estar em greve nos dias 22 e 24 de julho,acusando a administração da empresa de apresentar uma proposta inaceitável.
"Para além do plenário marcado para 11 de julho,um conjunto de sindicatos entregou à CP um pré-aviso de greve para os dias 22 e 24 deste mês",lê-se numa nota da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
Estes trabalhadores estiveram em greve no dia 28 de junho.
Para os sindicatos,"é inaceitável" que a administração da CP,depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical,queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.
O Governo,a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ),que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho,entretanto suspensa,chegaram,recentemente,a acordo.
A Fectrans defendeu que a proposta "aumenta a polivalência de funções e não valoriza a grela salarial",o que disse ser uma "medida estratégica" para recrutar novos trabalhadores e manter os atuais.
Segundo a mesma nota,estava marcada para sexta-feira uma reunião com a empresa,que foi desmarcada,uma vez que a CP tem que discutir o processo com a tutela.
"[...] Esperamos que após isso venham com ideias mais claras para desenvolver o conflito e não com a mesma linha de confronto e provocação",vincou.
O plenário de dia 11 terá lugar na estação de Entrecampos,em Lisboa.
Para além das CT da CP e da IP e da Fectrans,subscrevem esta posição as associações sindicais das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO),assim como os sindicatos nacionais dos Transportes,Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP),dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF),dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE),Democrático da Ferrovia (Sindefer) e de Quadros Técnicos (SNAQ).
Soma-se o apoio dos sindicatos independentes dos Trabalhadores Ferroviários,das Infraestruturas e Afins (SINFA),Nacional dos Ferroviários (SINFB),dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA) e dos sindicatos dos Transportes Ferroviários (STF) e dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).
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