O deputado federal Alexandre Ramagem — Foto: Marcia Foletto/Agência O Globo Ex-chefe da Abin e pré-candidato do PL à prefeitura do Rio,o deputado federal Alexandre Ramagem foi defendido por aliad
O deputado federal Alexandre Ramagem — Foto: Marcia Foletto/Agência O Globo
Ex-chefe da Abin e pré-candidato do PL à prefeitura do Rio,o deputado federal Alexandre Ramagem foi defendido por aliados e criticado por potenciais adversários da política fluminense. Apontado como um dos beneficiados pela atuação da “Abin paralela”,o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a investigação da Polícia Federal tem como principal objetivo minar a candidatura de Ramagem. O parlamentar negou envolvimento com o esquema e afirmou ser vítima de “criminosos que acessaram ilegalmente seus dados sigilosos na Receita”.
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Em sua conta no X (antigo Twitter),Flávio disse que ele não tinha relação com o órgão de inteligência: “Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais,portanto,nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento,às vésperas das eleições,apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Delgado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”.
O tuíte de Flávio foi compartilhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro,o que impulsionou a publicação entre apoiadores,e curtido por Michelle Bolsonaro,ex-primeira-dama.
Postagem de Flávio Bolsonaro foi compartilhada pelo ex-presidente nesta quinta-feira — Foto: Reprodução/Redes sociais
Os investigadores da PF identificaram um áudio em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),Ramagem e o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),general Augusto Heleno,falam sobre a investigação envolvendo o parlamentar no caso da “rachadinha”,desvio de recursos públicos que teria ocorrido no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj),na época em que ele era deputado estadual.
Adversário do pré-candidato do PL,Tarcísio Motta (PSOL) foi ás redes para dizer que “o Ramagem,que enche a boca para falar que vai combater o crime,manipulou a máquina pública para blindar a família Bolsonaro. Tem coisa mais mafiosa do que isso?”,questiona o pré-candidato.
No mesmo embalo,o petista Marcelo Freixo,presidente da Embratur,destacou que a PF fez uma operação para prender agentes que trabalharam para Ramagem e destaca: “Não podemos deixar o Rio nas mãos da extrema direita.”
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A investigação aponta que o esquema para proteger Flávio funcionava a mando de Ramagem,aliado do ex-presidente Bolsonaro. Em outra reação nas redes,dessa vez por vídeo,o senador se diz vítima e acusa “o grupo especial de Lula na PF” de atacar novamente:
— Na ocasião eu fui vítima de criminosos que acessaram ilegalmente os meus dados sigilosos na Receita Federal... Eles conseguem transformar isso em uso da Abin para me auxiliar de alguma forma.
De acordo com as investigações,Ramagem disse na gravação que “seria necessário a instauração de procedimento administrativo” contra os auditores da Receita “com o objetivo de anular a investigação,bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos”.
A fim de tentar um primeiro “boom” na corrida eleitoral,Ramagem terá agendas públicas ao lado de Bolsonaro na semana que vem,entre os dias 18 e 20.
Ainda desconhecido dos eleitores,o deputado pontua apenas 7% e enfrenta o favoritismo do prefeito Eduardo Paes (PSD),que tem 53%. Os eventos ao lado de Bolsonaro ainda não tiveram os detalhes definidos,mas devem acontecer nas zonas Norte e Oeste.
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