A taxa de inflação homóloga continuou a abrandar em junho nos Estados Unidos e ficou em 3%, contra 3,3% em maio, segundo o índice CPI publicado hoje.
Segundo os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho,na comparação mensal os preços recuaram uma décima,depois de terem aumentado ligeiramente em maio.
As previsões dos analistas antecipavam que a inflação homóloga ficasse em 3,1% e que os preços registassem um ligeiro aumento de uma décima a nível mensal.
A inflação subjacente,que exclui os preços da energia e dos alimentos por serem mais voláteis,subiu ligeiramente (uma décima) na comparação com o mês anterior,menos do que o aumento registado no período anterior,o que se deve sobretudo a um recuo de 2% nos preços da energia.
O mercado esperava um aumento de duas décimas,de acordo com o MarketWatch.
Em comparação com o mesmo mês do ano anterior,a inflação subjacente situou-se em 3,3%,abaixo dos 3,4% de maio.
Esta descida da inflação foi a segunda consecutiva,depois de em abril a inflação ter acelerado,um sinal de que a inflação pode estar a caminhar para a meta de 2% definida pela Reserva Federal (Fed).
O índice CPI é importante para o poder de compra dos norte-americanos dado que as pensões estão indexadas a este índice,enquanto a Fed beneficia um outro para definir a sua política monetária,o índice PCE,que será publicado no dia 26 de julho.
A Fed,banco central norte-americano,ainda não começou a descer as suas taxas de juro,alegando que precisa de ter maior confiança num regresso da inflação à meta de 2%.
Nos Estados Unidos,a inflação atingiu um pico após a reabertura da economia mundial a seguir à pandemia de covid-19,tendo chegado a 9,5% em junho de 2022.
Para travar a inflação,a Fed subiu várias vezes as taxas de juro,que estão atualmente entre 5,25% e 5,50%,o nível mais alto em mais de 20 anos.
A próxima reunião de política monetária da Fed está prevista para 30 e 31 de julho,mas a primeira descida dos juros só é esperada para a reunião seguinte,em setembro,sendo essa a última antes das presidenciais de 05 de novembro.
O Presidente norte-americano,Joe Biden,já se congratulou com os "progressos significativos" alcançados quanto à inflação,após a divulgação destes números.
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