Cientista no laboratório — Foto: Freepik RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você GERADO EM: 16/07/2024 - 00:05
Cientista no laboratório — Foto: Freepik
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Um ótimo efeito colateral de um acontecimento como a cúpula do G20,no Rio de Janeiro,é a quantidade de seminários e encontros paralelos à agenda principal,eventos que atraem ao país alguns dos maiores especialistas globais em suas áreas,dando a seus pares brasileiros a oportunidade de troca valiosa de visões,experiências e conhecimentos.
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Na tecnologia aplicada à medicina,um destaque vai para o seminário Jovens Cientistas e o Futuro da Ciência,organizado pela Academia Nacional de Medicina em parceria com o Instituto Coalizão Saúde e a Prefeitura do Rio,do qual participaram,entre outros,o britânico Richard J. Roberts,vencedor do Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia em 1993.
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É uma felicidade constatar a vitalidade da ciência brasileira,que ganha impulso e pensa no futuro cuidando do presente,olhando para seus jovens cientistas. Nunca é demais lembrar: a ciência é a base do progresso tecnológico e social. Está na mão da nova geração a busca por perspectivas e inovações capazes de resolver problemas atuais e futuros.
A medicina é um exemplo de como a tecnologia dominada pelas novas gerações fez o setor acelerar nos últimos anos. A inteligência artificial vem operando uma revolução no setor. Hoje,é cada vez mais empregada nos diagnósticos,auxiliando a identificação de doenças com base em informações clínicas,exames de imagem ou laboratoriais. É aplicada também com êxito na robótica cirúrgica,dando precisão às intervenções complexas e permitindo abordagens menos invasivas.
A despeito da situação orçamentária desafiadora,as faculdades públicas de medicina mais tradicionais têm levado à frente a pesquisa científica,dando condição para que os novos talentos encontrem terreno fértil para se desenvolver. O InovaHC,do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP,é um exemplo. Por meio de parcerias com a iniciativa privada,tem se firmado como um dos principais hubs de inovação em saúde da América Latina,em especial nos projetos envolvendo saúde digital.
A experiência no InovaHC ensina que o jovem cientista agrega valor aos projetos. Ele traz consigo perspectivas e experiências diversificadas,que,no mais das vezes,levam a abordagens criativas e eficazes diante dos desafios científicos. A diversidade é um motor essencial para a inovação.
Há ainda uma vantagem intrínseca à nova geração de cientistas: ela é composta de nativos digitais,gente que cresceu conectada e que não tem medo da tecnologia. Pelo contrário,sabe empregá-la de forma eficiente,emprestando celeridade,precisão e assertividade às diversas etapas de um trabalho científico,poupando não apenas recursos financeiros,mas permitindo dar foco ao esforço intelectual,à sensibilidade e à criatividade onde são essenciais.
No mundo ideal,os novos cientistas se encontram com seus pares mais experientes,como aconteceu em oportunidades proporcionadas pelo seminário. O resultado é uma soma virtuosa,em que todos ganham. Inspirar jovens cientistas os empodera e lhes dá conhecimento para contribuir na resolução dos problemas que desafiam nossa sociedade.
*Giovanni Cerri,integrante da Academia Nacional de Medicina,é presidente do Instituto Coalizão Saúde,Gustavo Rosa Gameiro é integrante do Programa Jovens Lideranças Médicas
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