A Euronext, que gere a bolsa de Lisboa, decidiu mudar o grupo onde são negociadas as ações da Inapa para o "segmento de revitalização", devido ao processo de insolvência, foi hoje anunciado.
A transferência das ações da Inapa "para o grupo de negociação P8 (Segmento de Revitalização) é uma medida tomada de acordo com o artigo 6.9. do Regulamento I - Regras de Mercado Harmonizadas da Euronext,devido ao processo de insolvência conforme previsto na regra 6903/1 do Regulamento I - Regras de Mercado Harmonizadas da Euronext e terá efeitos a partir de 05/08/2024",lê-se numa nota da Euronext.
O objetivo desta mudança,segundo os regulamentos do grupo,é de "agrupar Valores Mobiliários de Emitentes sujeitos a processo de insolvência". A Euronext sinaliza também que as ordens foram canceladas hoje no final da sessão de bolsa.
A mudança surge após ser conhecido que a sentença de declaração de insolvência da Inapa foi proferida esta quinta-feira,tendo Bruno Costa Pereira sido nomeado administrador do processo.
No anúncio,indica-se também que no dia 27 de setembro será realizada a "reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório",onde será tomada uma decisão relativamente ao processo.
A Inapa apresentou o pedido de insolvência junto do Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste a 29 de julho.
"A situação de insolvência da Inapa IPG foi despoletada por uma carência pontual de tesouraria de curto prazo da sua subsidiária Inapa Deutschland GmbH ("Inapa Deutschland"),em montante de 12 milhões de euros,para a qual não se encontrou solução de financiamento até dia 22 de julho,prazo estabelecido pela lei alemã,o que resultou na apresentação à insolvência da Inapa Deutschland nesse dia",explicou na altura a empresa.
O grupo Inapa foi fundado em 1965 e tem como principal acionista a empresa pública Parpública,com 44,89% do capital social,enquanto a empresa Nova Expressão tem 10,85% e o Novo Banco 6,55%. O restante capital está disperso.
Foi conhecido em julho que a Inapa tinha pedido uma injeção de 12 milhões de euros para necessidades de tesouraria imediatas,mas o Ministério das Finanças disse que a Parpública não iria conceder à empresa os financiamentos pedidos.
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