ESTILO DE VIDA Oct 20, 2024 IDOPRESS

Voo de balão, parapente, rafting, trilhas, bicicleta: aventura e esportes radicais em Minas Gerais

São Lourenço é um dos lugares que oferecem voos de balão — Foto: Divulgação RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você

São Lourenço é um dos lugares que oferecem voos de balão — Foto: Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 20/10/2024 - 00:01

"Minas Gerais: Aventuras Radicais e Emoção na Estrada Real"

Em Minas Gerais,aventuras radicais como voos de balão,parapente,rafting,trilhas de bike são destaque. Locais como Capitólio e Estrada Real oferecem opções emocionantes. Empresas garantem segurança e experiências únicas,com preços a partir de R$ 450. Atrações como o Rio Cipó e a Estrada Real promovem atividades para todas as idades. O turismo de aventura na região promete diversão e adrenalina para os visitantes.

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BALÃO

A paisagem montanhosa de Minas pode ser vista de outro ângulo,de dentro de um balão de ar quente. A viagem aérea,e silenciosa,pode ser feita nos municípios de Tiradentes,com a empresa Gema de Minas,e São Lourenço,com a empresa Ventura Balonismo.

As empresas que promovem o passeio garantem que o voo é seguro — os profissionais são certificados e credenciados. E destacam que sabem fazer um pouso tranquilo,a maior causa de ansiedade entre os balonistas de primeira viagem. A direção do vento no dia,porém,é que vai definir a direção da viagem.

— Nós acompanhamos muito o regime de ventos. Pela direção que o balão segue,nosso balonista sabe onde vai pousar e nos informa o local por rádio. O voo dura de 50 a 70 minutos e sempre decola no começo da manhã,quando há menos vento. Custa R$ 660 por pessoa. No fim há um brinde com espumante — diz Viviane Venturelli,dona da Ventura.

O voo em Tiradentes também começa bem cedinho,dura cerca de 45 minutos (custa a partir de R$ 750) e os ventos tornam imprevisível o rumo do passeio. Enquanto a equipe da Gema de Minas infla o balão,é oferecido aos passageiros um café da manhã. A cesta tem capacidade para oito pessoas. Todo o trajeto aéreo é acompanhado por funcionários em solo para levar de volta os passageiros após o pouso.

— O balão é feito de material anti-inflamável,e o aquecimento é com chama de gás propano. A altura ideal para se voar é de 330 metros,mas podemos chegar a 16 mil metros. O controle de subida e descida é feito pelo balonista — explica dono da empresa,Emerson Gonzaga Fernandes.

Mais informações nos sites www.gemademinasbalonismo.com.br e venturabalonismo.com.

PARAPENTE

Paraglide na Serra da Moeda — Foto: Divulgação/Martin Souto/Turismo MG

Serra da Moeda

Na Serra da Moeda,com 1.500 metros de altitude,pertinho de Belo Horizonte,há uma rampa para a prática de parapente. De lá,partem voos duplos,nos quais se pode apreciar como os pássaros veem a capital mineira e as cidades dos arredores. Diferentemente dos balões,é o piloto que define a direção do passeio. Deivison Silva,experiente e habilitado instrutor da Escola de Parapente de Belo Horizonte,faz esses passeios.

— Voamos todos os dias,das 8h às 17h,pela Serra da Moeda,por Brumadinho e Belo Horizonte — diz. — Antes de começar o voo,o pessoal fica preocupado,tenso. Depois que acaba o passeio está todo mundo feliz,dizendo que foi rápido,que quer fazer de novo.

O valor é R$ 450,no qual estão incluídos as instruções para o voo,fotos e vídeo editado com os melhores momentos. O ideal é usar calçado fechado e vestir roupas que protejam do sol,frio e vento. É recomendável usar filtro solar. Uma equipe busca a dupla voadora e a traz de volta para o local de decolagem. A idade mínima é de 16 anos (menores de 18 precisam de autorização do responsável) e a máxima é de 70 anos. O peso máximo do passageiro é de 95 kg.

— Cada voo dura entre 10 e 30 minutos e depende muito das condições meteorológicas. Como tenho bastante experiência,os passeios costumam passar dos 15 minutos. O passageiro não pode sofrer de problemas de saúde como desmaios e epilepsia — informa Deivison.

Antes de voar,é preciso fazer a inscrição no clube e ter aula de instrução,que dura 20 minutos. Toda a pilotagem,claro,é a cargo do condutor. O passageiro,caso haja boas condições de voo,pode conduzir o parapente por alguns minutos,sob a supervisão do instrutor,que pode retomar o controle a qualquer momento.

Governador Valadares

Em Governador Valadares,município a 320 km de Belo Horizonte,o Pico do Ibituruna (1.123 metros de altitude) é considerado um dos melhores lugares do Brasil (e do mundo) para a prática de voo livre e parapente. Lá,a empresa Voo Duplo Valadares organiza e promove esse tipo de passeio,que também é fotografado e filmado e dura entre 15 e 50 minutos,custando R$ 450 (básico) ou R$ 550 (completo). Os pilotos são cadastrados e experientes e oferecem o treinamento necessário. Se o cliente pedir,o trajeto até o solo pode ser feito “com emoção”.

— Podemos fazer a manobra de espiral,descendo em círculos. Também executamos o wing over,que são balanços laterais — diz o piloto e instrutor Arthur Quaresma,que tem mais de cinco mil voos no currículo. Mais informações nos sites vooduplovaladares.com.br e escoladeparapentebh.com.br.

HIGHLINE

Barão de Cocais,município a 90 km de Belo Horizonte,é um dos lugares preferidos dos praticantes de highline. Para quem não está ligando o nome à pessoa,highline é uma modalidade do slackline,uma fita elástica,de 25mm de espessura,presa em dois pontos,para que o praticante a percorra,andando e se equilibrando nela. A diferença é que no highline,essa travessia é feita em grandes alturas.

A altura mínima para a prática desse esporte é de 6 metros,mas um rapaz já conseguiu percorrer seu trajeto se equilibrando a 380 metros de altura,na montanha Canela de Ema,situada na região.

Barão de Cocais,inclusive,recebe o maior evento de highline do Brasil: o Festival Cambotas High. Mais informações em www.instagram.com/cambotashigh/ e

www.baraodecocais.mg.gov.br.

Na água

CAPITÓLIO

Dizem que Capitólio é o mar de Minas. A fama vem do Lago de Furnas,com 1.440 km2,que banha mais de 30 municípios do estado. Há,outras atrações em Capitólio,localizada a 282 km de Belo Horizonte,mas é esse oceano interiorano de água doce que atrai a maioria dos visitantes. Tanto que a cidade ostenta o maior número de barcos em água doce da América Latina.

Como não podia deixar de ser em se tratando de Minas,Capitólio é generosa em cachoeiras e quedas d’água. Lá encontramos as cachoeiras Lagoa Azul,Cascatinha e Cachoeirinha da Ilha. Há também as Cachoeiras da Trilha do Sol,Paraíso Perdido,Pé de Serra e do Retiro do Viking. Se tiver um tempinho a mais,vale a visita às Cachoeiras Poço Dourado,do Filó,Fecho da Serra e Casca D’Anta. E é imperdível uma visita ao Mirante dos Cânions de Capitólio. De lá é possível apreciar toda a beleza do Lago de Furnas. Rende ótimas fotos. Informação importante: todas as cachoeiras cobram ingresso e os valores variam bastante.

Os passeios de barco pelo Lago de Furnas partem da Ponte do Rio Turvo (MG-050) e também do bairro Escarpas do Lago (a 6 km do centro de Capitólio). O roteiro do passeio mais procurado dura cerca de 4 horas. Mas há passeios de 7 horas para grupos fechados,que podem ser negociados ao se fazer a reserva nas agências locais.

Mais informações nos sites www.capitolio.mg.gov.br/portal/turismo e www.minasgerais.com.br/pt/destinos/capitolio

RAFTING

Um passeio muito procurado por seu alto nível de adrenalina é o rafting. Nele,os aventureiros navegam num rio de águas turbulentas em bote inflável. Mas tem que ser com a supervisão de um guia credenciado e experiente e em corredeiras que tenham o nível de dificuldade permitido para essa atividade.

Um dos mais conhecidos é o do Rio Jaguari,no município de Extrema (a 492 km de Belo Horizonte),na Serra da Mantiqueira. Um dos motivos é que o passeio tem trechos que chegam ao nível 5 (o máximo permitido para o turismo). O rafting,só pode ser feito nos meses de outubro a maio,quando o volume das águas é maior.

O percurso é de 13 quilômetros de rio,com corredeiras de níveis 4 e 5,e passa pelo Expresso — uma descida de 8 metros de altura. A atividade dura cerca de duas horas. Não é preciso experiência para participar,mas é recomendável levar roupas e calçados reserva,toalha e protetor solar. Os participantes recebem capacete,colete salva-vidas e remos. mais informações nos sites www.minasgerais.com.br/pt/destinos/extrema e

www.extrematur.com.br/a-cidade/

RIO CIPÓ

Eis uma opção mais café com leite. O Rio Cipó nasce dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó (localizado a 100 km de Belo Horizonte). Com uma área de 333.800 hectares,o Parque se divide entre os municípios de Jaboticatubas,Santana do Riacho,Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro. O rio é formado pelo encontro dos córregos Mascates e Bocaina e suas águas tranquilas são as preferidas de muitos turistas para atividades como canoagem.

O ponto de encontro para o começo do passeio é a entrada da Cachoeira Grande. A canoagem começa acima dela. O passeio é bem tranquilo,já que as águas são calmas e não há corredeiras. A parada para um banho de rio é opcional e o uso de colete salva-vidas é obrigatório. As canoas são individuais ou em dupla. Um guia acompanha o grupo e conta curiosidades do lugar.

— É um passeio ideal para se levar as crianças. É recomendável levar água,lanche leve,repelente,protetor solar,traje de banho por baixo da roupa e chinelo. Há muitas prainhas ao longo do Rio Cipó onde podemos parar. O acesso à cachoeira é bem fácil,são cinco minutos de trilha. O passeio dura cerca de duas horas e custa a partir de R$ 150,uma pessoa — explica Debora Garcia,proprietária da empresa Climb Cipó,que promove diversas atividades turísticas na região.

Mais informações nos sites portalserradocipo.com.br e climbcipo.com.br.

Na terra

TREKKING

Travessia do Pico do Itambé

Criado há pouco mais de 20 anos,o Parque Estadual do Pico do Itambé é uma das regiões mais interessantes do Centro-Norte de Minas Gerais. Engloba os municípios de Santo Antônio do Itambé,Serro e Serra Azul de Minas.

O destaque é o Pico do Itambé (também conhecido como “teto do sertão mineiro”),com 2 mil metros de altitude: uma grande formação rochosa,com vários desfiladeiros e que oferece uma das mais impressionantes vistas da Serra do Espinhaço de Minas Gerais,com sua vegetação típica de cerrado.

Para os mais aventureiros,uma das maneiras de se chegar até ele é fazendo a travessia do Pico do Itambé. Essa caminhada liga Capivari (município do Serro) à cidade de Santo Antônio do Itambé. O sentido inverso,também é possível de ser feito.

O total da caminhada chega a 16 km,que pode ser estendida caso se inclua outras atrações no trajeto. A travessia,pode ser bastante exigente em alguns trechos,por causa de seu significativo desnível,que pode chegar a 1.200 metros,alternando subidas e descidas.

No caminho,nos deparamos com muitas atrações naturais,como as cachoeiras do Crioulo e Sempre-Viva,mirantes naturais e a própria paisagem do parque,com seus impressionantes afloramentos rochosos e formações vegetais exuberantes.

A caminhada pode ser feita em um dia ou é possível optar por pernoite no local,mediante autorização. Há diversas agências que promovem esse passeio. Mais informações no site institutoestradareal.com.br/servicos/o-que-fazer/detalhe/parque-estadual-pico-do-itambe/

BIKE

Estrada Real

A Estrada Real é considerada a maior rota turística do Brasil. Com mais de 1.630 km de extensão,ela corta Minas Gerais,Rio de Janeiro e São Paulo. Era por onde se levava o ouro e os diamantes de Minas Gerais para o Rio de Janeiro e,da cidade litorânea,para Portugal. Ela é dividida em quatro rotas: Caminho Novo (ligava MG diretamente ao porto do Rio de Janeiro,para evitar ataques de piratas no trajeto entre Paraty e RJ); Caminho Velho (o primeiro trajeto,que liga Ouro Preto a Paraty); Caminho dos Diamantes (conectava a sede da capitania,Ouro Preto,à principal cidade de extração de diamantes,Diamantina) e Caminho do Sabarabuçu (criado para se chegar à Serra da Piedade,cujo brilho no topo fez o povo imaginar que lá havia ouro,mas era só minério de ferro mesmo).

Pode-se percorrer a Estrada Real a pé,mas a maioria dos turistas prefere aproveitá-la de bicicleta. A rota atrai ciclistas do mundo inteiro,não só pelas atrações naturais e culturais do caminho,mas pelos desafios que ela impõe aos adeptos das duas rodas: estrada de terra,trilha com pedras,subidas,descidas em várias combinações de terreno. Calcula-se que se pode concluí-la entre seis a dez dias,mas a pressa deve ser deixada de lado. O ideal é curtir suas belezas naturais,a arquitetura histórica,a culinária mineira e as estupendas paisagens.

No caminho,encontram-se cidades históricas,pequenos vilarejos perdidos no tempo,rios,cachoeiras,matas,diversos tipos de relevo e de vegetação. A opção pela bicicleta também é ideal para quem quer aproveitar para observar a fauna de cada lugar. A hospedagem pode variar de simples casas de moradores a sofisticadas pousadas nas cidades maiores. No site institutoestradareal.com.br há muitas dicas.

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