O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa o crescimento da economia de Israel para 0,7% este ano, menos nove décimas face à estimativa de abril, numa altura em que o conflito traz incertezas para as projeções.
No World Economic Outlook,divulgado hoje,o FMI salienta que "as projeções para Israel estão sujeitas a riscos significativos,dada a imprevisibilidade do impacto do conflito na região".
Para 2025,as previsões do FMI apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Israel de 2,7%. No que diz respeito à inflação,as estimativas são de uma taxa de 3,1% este ano e 3% no próximo.
"As projeções orçamentais baseiam-se no pressuposto de que,a curto prazo,despesas governamentais mais elevadas são utilizadas para apoiar a economia e cobrir os custos militares,mas após 2024 espera-se que as medidas fiscais ajudem a conter o défice",indica.
Já para a região do Médio Oriente e Ásia Central,onde não se inclui Israel,as projeções apontam para um crescimento de 2,4% este ano (igual às previsões de julho,quando tinham sido revistas em baixa face a abril) e de 3,9% em 2025.
"Prevê-se que o crescimento no Médio Oriente e na Ásia Central aumente de cerca de 2,1% em 2023 para 3,9% em 2025,à medida que se presume que o efeito na região das perturbações temporárias na produção de petróleo e no transporte marítimo irá desaparecer",lê-se no documento.
O FMI indica que "em comparação com abril,a projeção foi revista em baixa em 0,4 pontos percentuais para 2024,principalmente em resultado da extensão dos cortes na produção de petróleo na Arábia Saudita e do conflito em curso no Sudão,que teve um grande impacto".
Fora deste documento ficam as projeções para a Cisjordânia e Gaza,que foram "excluídas da publicação devido ao grau de incerteza invulgarmente elevado".
O exército israelita desencadeou uma ofensiva contra Gaza na sequência dos ataques de 07 de outubro de 2023,que causaram cerca de 1.200 mortos e levaram ao sequestro de mais de 250 pessoas.
Os ataques israelitas já provocaram a morte de mais de 42.700 palestinianos e mais de 100.000 feridos,além de mais de 750 mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental provocados pelas forças de segurança israelitas e por ataques de colonos.
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