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Alerta para a febre do Oropouche

Mosquito é o transmissor do vírus — Foto: Divulgação/Sesab RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você

Mosquito é o transmissor do vírus — Foto: Divulgação/Sesab

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GERADO EM: 02/07/2024 - 04:30

Febre do Oropouche: aumento de casos no Brasil

A febre do Oropouche,doença menos conhecida,tem apresentado aumento de casos no Brasil,com sintomas semelhantes à dengue e transmissão pelo mosquito Culicoides. Prevenção,atenção e busca por assistência médica são essenciais para combater a disseminação da doença.

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Em países tropicais como o Brasil,as arboviroses,doenças virais transmitidas por mosquitos,merecem atenção o ano todo. Algumas são bastante conhecidas,como dengue,febre amarela,zika e chikungunya. Mas temos observado nos últimos tempos uma escalada de outra doença que deve igualmente merecer a atenção da população e dos gestores de saúde: a febre do Oropouche.

Segundo atualização do Ministério da Saúde,até o início de junho haviam sido confirmados no país cerca de 6,6 mil novos casos da doença em 2024. A maior parte dos registros está concentrada na região Norte,nos estados do Amazonas e de Rondônia,mas também foi notado um número acima do esperado no Nordeste e Sudeste.

A febre do Oropouche foi registrada pela primeira vez no Brasil na década de 1960,mas os números de 2024 estão “fora da curva”,considerando as ocorrências em outros períodos. Só para efeito de comparação,em 2023 haviam sido contabilizados 835 casos,quase todos concentrados na mesma região. Podemos concluir que não se trata apenas de um aumento exponencial de casos,mas também uma disseminação por outras áreas do país.

Esses números ligam um sinal de alerta porque a febre do Oropouche pode trazer danos consideráveis à saúde,ainda mais em uma época em que os hospitais das redes pública e particular ainda recebem muitos casos de pacientes com outros tipos de doenças virais. A enfermidade tem sintomas muito parecidos com os da dengue,tais como febre alta e dores de cabeça,musculares e articulares. Alguns casos podem ter consequências ainda mais graves caso não sejam identificados e tratados corretamente.

Não é apenas nos sintomas que o Oropouche se assemelha à dengue. A forma de transmissão por vetor também é bem semelhante,assim como a alta incidência de casos em períodos mais quentes e chuvosos. Ela é transmitida pela picada do mosquito Culicoides paraenses,mais conhecido como “maruim” ou “mosquito-pólvora”.

Mas existem particularidades que servem para diferenciar as doenças. Alguns sintomas específicos,como calafrios,náuseas e até mesmo fotofobia (sensibilidade excessiva à luz) são fatores que devem ser levados em conta no diagnóstico da febre do Oropouche.

Os sintomas costumam durar cerca de uma semana,mas a recuperação total costuma ser lenta. Apesar de ainda não existirem casos registrados de mortes provocadas diretamente pela febre do Oropouche,em algumas situações o vírus pode se espalhar e provocar infecções no sistema nervoso central,como a meningite. O tratamento costuma ser feito com base no controle e alívio dos sintomas por meio de analgésicos e antitérmicos,sem um medicamento específico para o vírus.

Em doenças desse tipo,a forma mais eficiente de combate é sempre a prevenção. São atitudes simples no dia a dia que dificultam a proliferação do mosquito e,assim,freiam as contaminações. Os focos de reprodução do mosquito devem ser eliminados. É importante ficarmos atentos a locais com acúmulo de sujeira e água parada,como calhas,pneus,vasilhames,vasos de plantas e afins.

Além disso,vale limitar a presença em locais com alta incidência de mosquitos ou,na impossibilidade,usar roupas que cubram boa parte do corpo,aplicar repelente nas áreas expostas e seguir as recomendações das autoridades de saúde locais,especialmente quando há casos suspeitos nas proximidades. E nunca se automedicar. Caso tenha algum sintoma,é importante buscar assistência médica.

Ainda não há uma vacina para a febre do Oropouche,o que reforça ainda mais a importância da atenção no combate aos mosquitos transmissores e na eliminação dos focos. Trata-se de uma ameaça não tão conhecida,mas que merece nosso alerta e dedicação. Prevenção e atenção são os nossos maiores aliados nessa batalha.

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