Médicos obedecer código de ética para fazer promoção pessoal nas redes — Foto: Freepik Nos últimos anos,as redes sociais se tornaram ferramentas poderosas para a disseminação de informaçõe
Médicos obedecer código de ética para fazer promoção pessoal nas redes — Foto: Freepik
Nos últimos anos,as redes sociais se tornaram ferramentas poderosas para a disseminação de informações em diversas áreas,incluindo a saúde. Médicos e profissionais de saúde utilizam essas plataformas para compartilhar conhecimentos e esclarecer dúvidas. Mas é essencial que os pacientes exerçam cautela ao escolher médicos baseados em informações obtidas por esse meio.
A busca por profissionais de saúde nas redes sociais é um fenômeno crescente. É comum encontrar perfis de médicos no Instagram,Facebook,Twitter e outras plataformas,onde publicam conteúdos educativos,depoimentos de pacientes e informações sobre tratamentos inovadores. Apesar disso,a popularidade nas plataformas não deve ser o único critério de escolha. A qualidade do atendimento e a competência profissional são aspectos que demandam uma avaliação criteriosa.
Primeiramente,é fundamental verificar as credenciais do médico. Certifique-se de que ele possui registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM),título de especialista na área,e que não há histórico de infrações éticas ou processuais. O site do Conselho Federal de Medicina (CFM) oferece uma ferramenta de busca que permite conferir essas informações de forma rápida e segura.
Além disso,considere a formação e as especializações do profissional. Médicos que investem em educação continuada,participam de congressos e são membros de sociedades médicas renomadas tendem a estar mais atualizados em suas áreas de atuação.
Outro ponto de atenção é a forma como os médicos promovem seus serviços. A publicidade médica é regulamentada pelo CFM,que estabelece normas claras para evitar a propaganda enganosa e a autopromoção excessiva. Desconfie de perfis que fazem promessas milagrosas ou que utilizam imagens de “antes e depois” de procedimentos estéticos,práticas proibidas pelo Código de Ética Médica.
O sensacionalismo pode ser uma armadilha para atrair pacientes,mas é importante lembrar que cada caso é único e resultados podem variar significativamente. Um bom médico irá oferecer uma consulta detalhada e individualizada.
A exibição de resultados cirúrgicos nas redes sociais,com fotos de “antes e depois”,é uma prática comum. Contudo,essa abordagem apresenta diversos riscos tanto para os pacientes quanto para os médicos. O Código de Ética Médica proíbe a exposição de pacientes com o intuito de autopromoção. Além disso,o consentimento informado pode ser problemático se o paciente não compreender plenamente as implicações de ter suas imagens divulgadas.
A exposição constante a resultados cirúrgicos esteticamente perfeitos pode criar expectativas irreais. Nem todos os corpos respondem da mesma forma a cirurgias e procedimentos estéticos,e fatores individuais,como genética,estilo de vida e condições de saúde preexistentes podem influenciar significativamente os resultados.
Embora as redes sociais possam ser um canal eficiente para obter informações preliminares,nada substitui a consulta presencial. Nela,o médico pode realizar uma avaliação completa,solicitar exames complementares e oferecer um diagnóstico preciso. A relação médico-paciente é construída com base na confiança e no diálogo aberto. A consulta também é uma oportunidade de esclarecer dúvidas,um momento crucial para construir um plano de tratamento personalizado e eficaz.
As redes sociais devem ser vistas como um complemento ao cuidado médico tradicional,e não como um substituto. Elas podem ser muito úteis para a disseminação de informações de saúde pública,campanhas de prevenção e educação. No entanto,é essencial que os usuários sejam críticos ao consumir esse conteúdo e busquem fontes confiáveis e embasadas cientificamente. Nós médicos temos a responsabilidade de utilizar as redes sociais de forma ética e responsável.
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