Aline Júlia da Cruz Conceição,mãe da criança,relatou que na terça-feira,saiu para trabalhar e que Kaleb ficou em casa com o padrasto — Foto: Domingos Peixoto / Agência OGLOBO
Aline Júlia da Cruz Conceição,mãe da criança,relatou que na terça-feira,saiu para trabalhar e que Kaleb ficou em casa com o padrasto — Foto: Domingos Peixoto / Agência OGLOBO
A Polícia Civil do Rio instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da morte do menino Kaleb Gabriel da Cruz,de 2 anos. A criança deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento de Ricardo de Albuquerque (UPA),na Zona Norte do Rio,na terça-feira,após uma queda de uma cama relatada pela mãe Aline Júlia da Cruz Conceição,causar vômito e mal-estar na criança. A versão apresentada pela família de Kaleb é contestada pela tia,que sustenta que o garoto estava sendo agredido pelo padrasto Matheus Pereira Rufino Isidoro. Saiba o que falta esclarecer.
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Segundo a declaração de óbito,o menino morreu devido a "traumatismo no abdômen,com lesão do pâncreas e consequente pancreatite necro-hemorrágica e peritonite; ação contundente". No entanto,os peritos do Instituto Médico-legal (IML) investigam se a lesão foi causada pela queda da cama,versão apresentada pela mãe e o padastro de Kalebe,ou se o menino foi vítima de agressão.
A técnica de enfermagem Érica Lisboa,de 35 anos,tia de Kaleb por parte de pai,disse ao GLOBO que a criança apresentava sinais de maus-tratos. Em depoimento à polícia,Érica disse que ouviu de uma assistente social que a criança chegou a ser levada seis vezes em uma unidade de pronto atendimento. Declaração que a polícia investiga.
O padastro da criança,Matheus Pereira Rufino Isidoro,disse que negociava a venda um telhado com o vizinho quando ouviu um barulho forte vindo de dentro da casa. Ao entrar,ainda de acordo com Rufino,Kaleb "estava caído,com o rosto no chão e a perna pendurada no ferro da cama."
A tia da criança relatou que a mãe dele chegou a deixá-la morando na casa da avó por um tempo,"por não ter condições de cuidar". O pai biológico de Kaleb,Marcos Vinícius,morreu em março deste ano. Érica detalha que a versão apresentada pela mãe de que a criança teria caído da cama não condiz com a causa da morte.
Aline Júlia da Cruz Conceição,saiu para trabalhar e que Kaleb ficou em casa com o padrasto. Ela afirmou ainda que o menino sofreu uma queda da cama ao brincar com o irmão e acusou o hospital que atendeu de negligência e falta de assistência. As secretarias estadual e municipal Saúde ainda não informaram se pretendem abrir sindicância para investigar se houve negligência por parte dos procedimentos médicos. Polícia investiga a denúncia.
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