O presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, defendeu hoje a necessidade de mais imigrantes em setores como o turismo em que faltam cerca de 40 mil trabalhadores.
"Para responder à pergunta tola se precisamos de imigrantes,obviamente que precisamos",afirmou Paulo Macedo na abertura do "Encontro Fora da Caixa" organizado pela Caixa Geral de Depósitos para promover a discussão sobre os desafios de transformação,as oportunidades e as tendências globais do setor do Turismo.
O setor que "já emprega 120 mil imigrantes,diz que tem 40 mil trabalhadores em falta",lembrou o CEO da CGD para demonstrar a importância da demografia como um dos fatores decisivos para o setor.
Ao setor que tem tido "um dinamismo crescente" em termos de investimento estrangeiro,"importa a demografia",e este encontra também oportunidades "nas políticas de inclusão já que "independentemente das lógicas sociais",não restam dúvidas a Paulo Macedo que "uma maior inclusão,distribuindo e dando maiores poderes de compra,favorece o consumo e favorece claramente a economia".
Em Alcobaça,onde decorre o encontro,o presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou que "este setor tem um grande potencial de crescimento e pode impulsionar a economia do país",mas alertou para a importância de o mesmo apostar na sustentabilidade económica,na sustentabilidade social e na sustentabilidade ambiental.
Além de "crescer em receitas",a nível económico a sustentabilidade passará por aumentar os fluxos turísticos em todo o território e por "desconcentrar esta procura apenas do litoral".
Já no que respeita à sustentabilidade social Paulo Macedo defendeu a atividade turística todo o ano,mas também o aumento das habilitações literárias dos profissionais do setor.
Finalmente,na sustentabilidade ambiental alertou para a exigência dos atuais consumidores do turismo para as ofertas que apostem na economia circular,na construção sustentável e na utilização eficiente dos recursos.
No dia em que o Banco Central Europeu decidiu,"como era mais ou menos previsível",manter as taxas de juro,Paulo Macedo vincou que esta é também "uma questão que está ligada ao crescimento e que preocupa as empresas e os particulares",mas,no país,o setor do turismo "tem de facto um fator de competitividade,como dificilmente têm mais algum setor" e que pode afirmar o país como "um hub internacional",concluiu.
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