TENDENDO Aug 10, 2024 IDOPRESS

Quais são os 10 países que trabalham mais horas? Veja lista

Ambiente de trabalho — Foto: Adobe Firefly RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você GERADO EM: 10/08/2024 - 04:01

Ambiente de trabalho — Foto: Adobe Firefly

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 10/08/2024 - 04:01

Países da OCDE com as maiores jornadas de trabalho: México,Costa Rica e Chile à frente; Brasil ausente do ranking.

A OCDE revela os 10 países que mais trabalham: México,Costa Rica e Chile lideram. Brasil não está no ranking,mas dados anteriores indicam sua posição. Tendência global de redução da carga horária de trabalho é destacada,com países buscando implementar leis para melhorar o bem-estar dos trabalhadores.

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O Brasil não foi contabilizado no último relatório. No entanto,dados anteriores dão pistas da posição que o país ficaria no ranking. Um levantamento de 2015,da mesma organização,ptras coisas,ajudou a mudar a mentalidade sobre o trabalho,priorizando o bem-estar das pessoas. Uma tendência que já vinha se formando em diferentes países,onde,aos poucos,as jornadas de trabalho foram sendo reduzidas. No entanto,ainda há muito a ser feito para alcançar um ideal que satisfaça a todas as partes.

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A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) é um organismo internacional composto por 38 estados,cujo objetivo é promover políticas para melhorar o bem-estar econômico e social. Em seu relatório de 2023,a OCDE classificou essas nações de acordo com a média de horas trabalhadas por ano,revelando uma ampla diferença entre os países que trabalham mais horas e os que trabalham menos,com uma discrepância de 864 horas (36 jornadas).

Os dados são baseados no número médio de pessoas empregadas em cada país,incluindo trabalhadores a tempo integral e parcial. As horas trabalhadas são o resultado total de horas trabalhadas por ano,dividido pelo número médio de pessoas empregadas,e esses números também foram convertidos para a quantidade de jornadas de trabalho de oito horas.

O Brasil não foi contabilizado no último relatório. No entanto,outros dados dão pistas da posição que o país ficaria no ranking. Um levantamento de 2015,apontou que 6% das pessoas trabalha mais que 50 horas semanais. A porcentagem fica abaixo da média da OCDE de 10%. De modo geral,os trabalhadores brasileiros dedicam menos de 14.6 horas semanais aos cuidados pessoais e lazer.

Com tudo isso em mente,quais são os países que trabalham,em média,mais horas por ano? Por que há três países latino-americanos no topo do ranking? Aqui estão alguns dos motivos e algumas das leis que já foram implementadas para aliviar a carga de trabalho dos funcionários.

1. México – 2207 horas anuais

Segundo o relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico,o México ocupa o topo deste ranking com um total de 2207 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,o que equivale a 276 jornadas de trabalho de oito horas. É o primeiro dos três países latino-americanos que aparecem no top 10,junto com Costa Rica e Chile,possivelmente devido à sua estrutura econômica (indústrias que requerem muita mão de obra,como a agricultura),políticas sociais ineficazes que obrigam os trabalhadores a compensar a falta de apoio governamental e salários médios muito mais baixos do que em outras regiões do mundo. Atualmente,as leis trabalhistas do México estipulam que o número máximo de horas que uma pessoa pode trabalhar por semana é de 48: uma jornada diária de oito horas e um dia de descanso com salário integral. Em dezembro de 2023,a Câmara dos Deputados esteve prestes a votar a proposta para a redução da jornada de trabalho para 40 horas,mas a iniciativa foi ‘congelada’ por sugestão do presidente saindo Andrés Manuel López Obrador. Para a presidente eleita,Claudia Sheinbaum Pardo,também não é uma prioridade.

2. Costa Rica – 2171 horas anuais

Costa Rica ocupa o segundo lugar com um total de 2171 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,o que equivale a 271 jornadas de trabalho de oito horas. Desde dezembro de 2018,o Congresso costarriquenho vem debatendo um projeto de reforma do Código do Trabalho que busca atualizar as jornadas de trabalho excepcionais… com muitos obstáculos e pouco sucesso. O novo projeto de jornada laboral,desde 2022,consiste em quatro dias de trabalho por semana e três de descanso,se o horário for diurno,e três dias trabalhados por quatro de descanso,se o trabalho for noturno. Ambas as jornadas são de 12 horas,incluindo uma hora e meia de descanso. A proposta foi sendo modificada desde então para facilitar a aprovação e,embora conte com o apoio empresarial,ainda não encontrou o ‘sim’ dos legisladores.

3. Chile – 1953 horas anuais

Com um total de 1953 horas,o Chile fecha o pódio dos países com mais horas anuais trabalhadas por pessoa,o equivalente a 244 jornadas de trabalho de oito horas. Como muitas nações latino-americanas,o país vizinho está buscando reduzir a jornada de trabalho – no seu caso,de 45 para 40 horas – um projeto que já iniciou sua primeira fase,com a entrada em vigor da “lei de 40 horas” em abril passado,que reduz gradualmente a jornada laboral,começando este ano com uma hora a menos. A nova lei visa aplicar mudanças graduais ano após ano,começando em 2024 com a redução da jornada de trabalho para 44 horas semanais. Uma iniciativa que parecia impossível há uma década,e cuja legislação estabelece que se chegará a 40 horas semanais de trabalho até o ano de 2028. O Ministério do Trabalho chileno deixou claro que a hora reduzida não pode afetar os salários dos trabalhadores nem se relacionar com a hora de descanso,e as empresas que descumprirem esta lei serão sancionadas e multadas.

4. Grécia – 1897 horas anuais

Enquanto a tendência global é reduzir as horas de trabalho,a Grécia decide ir na direção oposta com uma nova legislação que permite aos empregados trabalhar até 48 horas por semana,em vez das 40 estabelecidas pela lei trabalhista. O primeiro país europeu dentro deste relatório da OCDE,acumulou um total de 1897 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,o equivalente a 237 jornadas de trabalho de oito horas. A nova diretiva,em vigor desde o início de julho,estabelece uma semana de trabalho de seis dias para certas indústrias – aplicável apenas a empresas que operam 24 horas – e é opcional para os trabalhadores,que recebem um adicional de 40% pelas horas extras realizadas. Esta iniciativa é uma tentativa do governo para impulsionar o crescimento econômico e ajudar a combater o trabalho não formal; uma proposta que vai contra a nova cultura laboral que está sendo adotada por outros países da Europa e Estados Unidos,onde se promovem semanas de trabalho mais curtas (de quatro dias),o que contribui para aumentar a produtividade e o bem-estar das pessoas.

5. Israel – 1880 horas anuais

De acordo com um relatório do Instituto Israelense de Segurança e Higiene (IIOSH),os trabalhadores enfrentam um aumento nas doenças crônicas devido às extensas horas de trabalho. Em suas pesquisas mais recentes,o IIOSH detalha que 56,3% dos homens e 29,5% das mulheres excedem as 42 horas de trabalho semanais estabelecidas,uma tendência que coloca Israel entre os cinco países com maior carga laboral: 1880 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,equivalentes a 235 jornadas de trabalho de oito horas. Um estudo do IIOSH,realizado com 1.498 empregados de verão,examinou os efeitos físicos e mentais nos israelenses. A pesquisa,realizada durante os meses de verão de 2023 e durante a guerra,no início de dezembro,revela que,por exemplo,as mulheres experimentam maior fadiga,ansiedade e dificuldades para dormir do que os homens. As consequências da fadiga se evidenciam em dois tipos de funções laborais: tarefas repetitivas sem grandes exigências cognitivas que duram meia hora ou mais,e tarefas complexas que requerem concentração.

6. Coreia do Sul – 1872 horas anuais

Outro país que parece ir contra as tendências globais é a Coreia do Sul,onde recentemente o governo alterou a legislação para permitir jornadas de trabalho (legais) de mais de 21 horas. No início deste ano,o Ministério do Emprego e Trabalho decidiu alterar a interpretação administrativa das horas extras – após uma decisão da Suprema Corte em dezembro – que estabelece que qualquer soma de horas extras por dia não é ilegal,desde que não se excedam as 52 horas semanais (excluindo as mais de quatro horas correspondentes ao descanso do trabalhador). Dessa forma,pode-se trabalhar até 21,5 horas por dia,além da jornada legal de 8 horas diárias. A medida não foi bem recebida pelo partido de oposição,que considera que estão enganando a população com o sistema de horas de trabalho,e contribui para que a Coreia do Sul se situe entre os países com maior carga laboral,segundo a OCDE: um total de 1872 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,equivalentes a 234 jornadas de trabalho de oito horas.

7. Canadá – 1865 horas anuais

O Canadá ocupa o sétimo lugar com um total de 1865 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,o que equivale a 233 jornadas de trabalho de oito horas. No Canadá,o salário mínimo varia significativamente conforme a localização geográfica,refletindo as diferenças no custo de vida e nas condições econômicas. Também é um país que depende muito de trabalhadores estrangeiros temporários para cobrir a escassez de mão de obra,em setores como a construção e a saúde. Pioneiro na redução das horas de trabalho em benefício das pessoas,implementou sua jornada de 40 horas em 1997 para a província de Quebec,sob uma lei local. O objetivo também era estimular o emprego por meio do trabalho compartilhado,e desde 1997 até 2000,a jornada foi reduzida em uma hora,passando de 44 para 40 horas. As horas de trabalho padrão variam conforme o tipo de indústria; para lugares de trabalho regulados federalmente,a semana de trabalho normal é de 40 horas,com meia hora de ‘recreio’ a cada cinco horas trabalhadas de forma contínua. Qualquer tempo trabalhado além dessa quantidade deve estar sujeito ao pagamento de horas extras.

8. Polônia – 1859 horas anuais

A Polônia é o oitavo país na lista,com um total de 1859 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,o que equivale a 232 jornadas de trabalho de oito horas. A economia polonesa tem se recuperado desde a crise econômica global,com uma crescente demanda por trabalho em setores como manufatura e serviços. O país tem uma política de trabalho flexível que permite uma grande variedade de arranjos de trabalho,incluindo trabalho em turnos e horas extras. Embora o governo polonês tenha implementado algumas medidas para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores,como aumentar os salários mínimos e melhorar as condições de trabalho,ainda há uma significativa carga de trabalho em comparação com outros países europeus.

9. Estados Unidos – 1832 horas anuais

Nos Estados Unidos,os trabalhadores enfrentam uma das jornadas de trabalho mais longas entre os países desenvolvidos,com um total de 1832 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,o que equivale a 229 jornadas de trabalho de oito horas. O país tem uma economia altamente produtiva,mas também enfrenta questões relacionadas à desigualdade salarial e à falta de políticas robustas de licença e férias para os trabalhadores. A pressão para trabalhar mais horas é frequentemente citada como um fator contribuinte para o estresse e problemas de saúde entre os trabalhadores americanos. Embora haja esforços em algumas áreas para promover melhores condições de trabalho,a cultura de longas jornadas e a falta de regulamentação federal para a redução da carga de trabalho continuam a ser desafios significativos.

10. Turquia – 1811 horas anuais

A Turquia fecha a lista dos dez países que mais horas trabalham,com um total de 1811 horas anuais trabalhadas por pessoa em 2023,o que equivale a 226 jornadas de trabalho de oito horas. O país tem experimentado um rápido crescimento econômico nos últimos anos,o que se reflete na alta carga de trabalho. No entanto,a Turquia também enfrenta desafios relacionados a políticas trabalhistas e direitos dos trabalhadores. A legislação trabalhista turca permite que os empregadores solicitem horas extras,o que contribui para o número elevado de horas trabalhadas. Além disso,a falta de uma forte rede de proteção social e de apoio aos trabalhadores pode forçar muitos a trabalhar mais horas do que o ideal.

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