O indicador de confiança no consumidor cabo-verdiano aumentou no segundo trimestre deste ano, em comparação com o período homólogo, atingindo, pela primeira vez, valores pré-pandemia da covid-19, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
De acordo com o inquérito de conjuntura nas famílias cabo-verdianas,no segundo trimestre a confiança aumentou ligeiramente,se comparada com o trimestre anterior,mas cresceu ainda mais relativamente ao período homólogo,em que estava abaixo da média com 11 pontos.
"Este resultado justifica-se basicamente pela apreciação positiva das famílias sobre a sua situação financeira nos últimos 12 meses e a evolução da situação económica do país nos últimos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo",explicou o INE.
O valor registado de abril a junho,de 16 pontos,é praticamente o mesmo atingido no terceiro trimestre de 2019,antes da pandemia da covid-19.
Nos últimos dez anos,o pico de confiança dos consumidores cabo-verdianos foi registado no segundo trimestre de 2019,com 18 pontos,de acordo com o gráfico do INE.
Para as famílias inquiridas,nos últimos 12 meses,tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo.
Na perceção dos inquiridos,no último ano,tanto os preços como o desemprego aumentaram,relativamente ao mesmo período do ano 2023.
De abril a junho,a maior parte dos inquiridos (84,4%) considerou que,ainda,a atual situação económica do país não permite poupar dinheiro,um decréscimo de 2,2 pontos percentuais em relação ao período homólogo.
Para os próximos 12 meses,os cabo-verdianos responderam que tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir positivamente face ao trimestre homólogo.
Entretanto,nos próximos dois anos,a maioria dos inquiridos (93,3%) afirmou que tem "certeza absoluta" que não tenciona comprar carro,enquanto 76,9% disse que não pretende comprar uma casa.
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