A ministra do Ambiente e Energia afirmou hoje que o governo já tem "todas as condições" para arrancar com o primeiro leilão de eólicas 'offshore', adiantando que o Luxemburgo tem "todo o interesse" em financiar o projeto.
"Agora temos todas as condições. Temos investidor externo. Temos o relatório de quanto é que custa. Temos o relatório da área do mar sobre as várias zonas e o mapeamento das zonas. Agora temos de escolher qual a primeira zona. Até ao fim do ano devemos arrancar com o primeiro leilão porque temos como objetivo dois gigawatts até 2030",afirmou Maria da Graça Carvalho,quando questionado pelo lançamento do leilão das eólicas 'offshore'.
A ministra falava aos jornalistas em Ponta Delgada à margem da apresentação dos investimentos previstos no Sustentável 2030 para os Açores.
Maria da Graça Carvalho destacou que o Governo estava "à espera de um relatório de um grupo de trabalho sobre a parte económica e financeira" daquele projeto,que foi "entregue há poucos dias".
"Tenho estado em contacto com senhor ministro da Economia do Luxemburgo que tem toda a intenção de nos cofinanciar parte deste projeto",adiantou.
A ministra salientou que o "projeto é muito inovador",mas admitiu tratar-se de um "investimento caro" para justificar a presença de investidores externos.
"De modo a que o projeto não vá sobrecarregar a tarifa dos consumidores ou os contribuintes,o facto de ter investimento externo será muito importante. Há todo o interesse do Luxemburgo em acompanhar e investir neste projeto",reforçou.
A 21 de junho,a Direção-Geral de Recursos Naturais,Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) disse não ter dúvidas de que o leilão de eólicas 'offshore' será lançado este ano,após a definição e espacialização das novas áreas marítimas.
A ministra do Ambiente e Energia garantiu,no final de maio,que o leilão que ficou suspenso pela mudança política no país vai avançar,mas sem se comprometer com datas e com uma potência a atribuir inferior aos dois megawatts (MW) previstos pelo anterior Governo.
A 17 de julho,a secretária de Estado das Pescas afirmou que o governo pretende acautelar as preocupações dos pescadores sobre a instalação de novas eólicas 'offshore',garantindo que novos projetos vão estar "alinhados com a pesca".
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