IA é uma das ferramentas mais novas da medicina — Foto: Freepik RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você
IA é uma das ferramentas mais novas da medicina — Foto: Freepik
GERADO EM: 31/10/2024 - 21:19
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As campanhas eleitorais no Brasil frequentemente trazem promessas simplistas na área da saúde,como “carretas da saúde” e a expansão de poupatempos para atendimentos médicos. Embora essas propostas gerem visibilidade e impacto,elas não oferecem soluções sustentáveis para os desafios do sistema público. A saúde pública exige uma abordagem estruturada,baseada em tecnologia,inteligência de dados e capacitação contínua de profissionais. Entre as ações prioritárias estão a implementação de um prontuário único nacional,sistemas de agendamento inteligente e qualificação profissional permanente.
Uma das grandes deficiências da saúde pública brasileira é a falta de integração entre serviços e níveis de atendimento. Pacientes da atenção primária,por exemplo,frequentemente precisam repetir exames e relatar seus históricos médicos a cada novo atendimento em outras unidades. Essa fragmentação eleva custos,gera desperdício e compromete a qualidade do cuidado.
A solução passa pela implementação de um prontuário único nacional,para centralizar todas as informações dos pacientes. Essa integração permite que médicos e profissionais tenham acesso ao histórico completo do indivíduo,evitando exames duplicados e garantindo a continuidade dos tratamentos. Além de otimizar recursos,o prontuário único facilita o teleatendimento e empodera o paciente ao disponibilizar seus dados de forma acessível,promovendo autocuidado e melhorando a qualidade de vida.
A transformação digital é essencial para melhorar a assistência e garantir a sustentabilidade do sistema. A adoção de big data,inteligência artificial (IA) e telemedicina pode revolucionar a forma como diagnosticamos,tratamos e monitoramos pacientes. Dispositivos vestíveis e aplicativos permitem um acompanhamento contínuo de doenças crônicas,reduzindo hospitalizações e intervenções emergenciais. A telemedicina deve ser fortalecida,expandindo o acesso à saúde em áreas remotas e diminuindo a sobrecarga em grandes centros urbanos. Projetos como o da Universidade de São Paulo (USP),que oferece teleconsultoria especializada para apoiar médicos e pacientes da atenção primária,são modelos a serem replicados nacionalmente.
O desenvolvimento e a atualização contínua dos profissionais de saúde são fundamentais para garantir atendimento de qualidade. É necessário investir em programas de capacitação robustos,que acompanhem a evolução científica e tecnológica. A integração interdisciplinar é capaz de promover formações que envolvam médicos,enfermeiros,dentistas e outros profissionais,fortalecendo uma abordagem sistêmica e colaborativa. E sem dúvida,deve-se de fato ampliar parcerias entre universidades e o sistema de saúde,priorizando projetos em áreas críticas.
Uma gestão eficiente é essencial para garantir que os recursos sejam bem aplicados. A transparência e a prestação de contas devem ser pilares das políticas públicas de saúde. Devemos implementar métricas claras para avaliar hospitais e unidades básicas,com dados acessíveis à população,fomentando confiança e eficiência. Um modelo a ser discutido é o de incentivar parcerias público-privadas (PPPs) para modernizar hospitais e construir novos institutos tecnológicos. E adotar tecnologias farmacêuticas eficazes e financeiramente sustentáveis,buscando o equilíbrio entre inovação e custo-benefícioé essencial para a construção de um sistema que entrega ao paciente o que propomos.
O Brasil precisa superar a retórica eleitoral e enfrentar os desafios da saúde pública com seriedade e responsabilidade. A combinação de tecnologia,capacitação profissional e gestão eficiente é essencial para oferecer um atendimento digno para a população. Com a colaboração entre governo,setor privado,universidades e sociedade civil,é possível construir um sistema de saúde mais justo e resiliente.
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