Influenciadora Clara Maia com a família — Foto: Reprodução Instagram RESUMOSem tempo? Ferramenta de IA resume para você
Influenciadora Clara Maia com a família — Foto: Reprodução Instagram
GERADO EM: 26/11/2024 - 12:15
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Na última semana,a influenciadora Clara Maia,mãe dos gêmeos José e João,de 7 meses,reacendeu o debate sobre um tema ainda pouco compreendido: as diferenças entre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e o Transtorno do Processamento Sensorial (TPS). Ao compartilhar que um de seus filhos foi diagnosticado com TPS,a empresária e mulher de André Coelho viu seguidores confundirem a condição com o TEA,o que a fez relembrar a importância de esclarecer o assunto.
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Embora eles sejam frequentemente associados,TEA e TPS não são a mesma condição. O psicólogo Fábio Coelho,especialista em Transtorno do Espectro do Autismo e sócio-diretor da Academia do Autismo e da Clínica Mosaico,explica que,enquanto o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento com diagnóstico clínico abrangente,o TPS refere-se a dificuldades específicas em processar estímulos sensoriais – uma condição que não é,até o momento,reconhecida como um diagnóstico clínico isolado.
— O TEA é caracterizado por desafios na comunicação social,comportamentos repetitivos e interesses restritos,conforme os principais manuais diagnósticos,o DSM-5-TR e a CID-11. Já o TPS refere-se a dificuldades específicas em interpretar e responder a estímulos sensoriais,como luz,som,toque ou movimento — explica.
Estudos apontam que entre 78% e 95% das pessoas com autismo apresentam diferenças significativas no processamento sensorial. Por isso,é comum que indivíduos com TEA tenham hipersensibilidade ao som ou busquem estímulos sensoriais,como girar ou balançar,mas o especialista explica que o TPS pode aparecer isoladamente,sem qualquer conexão com o autismo:
— Indivíduos com TPS podem apresentar desafios no processamento sensorial sem preencher os critérios para TEA. Crianças ou adultos com TPS podem,por exemplo,ter dificuldades em ambientes barulhentos ou evitar certos tipos de toque,mas sem apresentar os déficits nas áreas de comunicação social e comportamentos repetitivos necessários para um diagnóstico de autismo — afirma o especialista.
Clara Maia é mãe dos gêmeos José e João — Foto: Reprodução Instagram
Nas redes sociais,Clara revelou que o filho João não apresenta outro sinal que possa sugerir o diagnóstico de TEA. Nesse caso,é somente o TPS. Apesar dessa conexão acontecer,Fábio explica que é possível ter um sem ter o outro:
— Indivíduos com TPS podem apresentar desafios no processamento sensorial sem preencher os critérios para TEA. Crianças ou adultos com TPS podem,mas sem apresentar os déficits nas áreas de comunicação social e comportamentos repetitivos necessários para um diagnóstico de autismo — diz Dr. Fábio.
Ele reforça que entender e ter o diagnóstico correto para cada situação é crucial para direcionar intervenções adequadas:
— Confundir os quadros pode levar a tratamentos que não atendem às necessidades específicas do indivíduo. Por exemplo,enquanto intervenções para TEA incluem estratégias comportamentais intensivas,como ABA (Análise do Comportamento Aplicada),o TPS pode se beneficiar de abordagens como a integração sensorial,desenvolvida por terapeutas ocupacionais especializados. Além disso,compreender essas diferenças ajuda a evitar rótulos desnecessários e a oferecer suporte baseado em evidências,promovendo o desenvolvimento individual e a inclusão social — conclui.
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