As irmãs Therezinha Yamada e Regina Gonçalves (vestido florido) posando para foto — Foto: Reprodução de Álbum de família
As irmãs Therezinha Yamada e Regina Gonçalves (vestido florido) posando para foto — Foto: Reprodução de Álbum de família
GERADO EM: 29/11/2024 - 23:44
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Acusado de tentativa de feminicídio contra a socialite Regina Gonçalves,de 88 anos,o ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro também será investigado pela Polícia Civil por sua possível participação na morte de Therezinha Lemos Yamada,irmã da milionária. Segundo Marcelo Yamada,filho de Therezinha e sobrinho de Regina,sua mãe sempre protegeu a socialite e desconfiava das intenções de José Marcos em relação à fortuna da viúva do empresário Nestor Gonçalves,dono do baralho Copag e de dezenas de imóveis. Marcelo afirmou ao blog Segredos do Crime que funcionários da mansão de Regina relataram ter visto José Marcos empurrar sua mãe,então com 89 anos,da escada da residência,localizada em São Conrado,Zona Oeste do Rio. Após a queda,Therezinha morreu em 2016.
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Marcelo contou que sua mãe decidiu morar com Regina ao perceber que José Marcos tinha interesse no patrimônio da viúva. Com a busca e apreensão realizada na última terça-feira (26/11) na mansão de Regina,na Rua Capuri,e as investigações da 12ª DP (Copacabana) sobre a tentativa de feminicídio,Marcelo voltou a ter esperanças de que a polícia reúna provas do envolvimento do ex-motorista na morte de sua mãe. José Marcos,que é considerado foragido,também responde pelos crimes de cárcere privado,violência psicológica e furto contra Regina.
Foto de Therezinha Yamada,irmã de Regina Gonçalves,nos anos 80 — Foto: Reprodução do álbum de família
— Segundo os empregados da casa,José Marcos teria empurrado minha mãe da escada na mansão de São Conrado. Esse tipo de maus-tratos é semelhante ao que Regina diz ter sofrido: privação de alimentos,água,medicamentos e cuidados necessários. Ele aplicou à minha mãe o mesmo tratamento cruel,com a conivência de Regina. Tudo isso levou à morte da minha mãe,Therezinha. Meu irmão (Antonio Luiz Lemos Yamada) denunciou o caso na época,mas nada foi investigado — afirmou Marcelo,que também responsabiliza a tia por omissão.
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Marcelo acusa Regina de denunciar apenas os abusos que sofreu,mas de ocultar as crueldades que José Marcos cometeu contra Therezinha. Dois anos após a morte da mãe,seu irmão Antonio Luiz registrou o caso na delegacia de Copacabana,baseado em relatos de maus-tratos feitos por empregados da família. Um vídeo gravado por um funcionário de Regina mostra José Marcos,aparentemente bêbado,forçando Regina e Therezinha a beber com ele. Nas imagens,o ex-motorista beija as duas na boca,enquanto Therezinha demonstra repulsa.
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Marcelo acredita que sua mãe era uma barreira entre José Marcos e Regina. Como ele trabalhava em outro estado,era Antonio Luiz quem visitava Therezinha com mais frequência. Contudo,Regina não gostava das visitas inesperadas no apartamento do Edifício Chopin,em Copacabana,ou na mansão de São Conrado. Segundo Marcelo,os irmãos só souberam da morte da mãe praticamente na hora do enterro.
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Apartamento no Chopin onde vive a socialite Regina Gonçalves — Foto: Thayssa Rios / O Globo
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Apartamento no Chopin onde vive a socialite Regina Gonçalves — Foto: Thayssa Rios / O Globo
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Apartamento no Chopin onde vive a socialite Regina Gonçalves — Foto: Thayssa Rios / O Globo
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Apartamento no Chopin onde vive a socialite Regina Gonçalves — Foto: Léo Martins / Agência O Globo
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Apartamento no Chopin onde vive a socialite Regina Gonçalves — Foto: Thayssa Rios / O Globo
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Publicidade A socialite carioca teria sido vítima de cárcere privado em seu próprio apartamento no edifício Chopin
O atestado de óbito de Therezinha,datado de 21 de maio de 2016,aponta falência de múltiplos órgãos,choque séptico,infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial sistêmica como causas da morte. Marcelo relatou que Antonio Luiz nunca se conformou com a morte repentina da mãe e começou a investigar os relatos dos empregados. Ele descobriu que,além da queda provocada por José Marcos,Therezinha era trancada do lado de fora da mansão durante a madrugada,em temperaturas muito baixas.
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— José Marcos tirou a pedra do meio do seu plano: minha mãe. Agora,com a denúncia da própria Regina,as maldades desse monstro vieram à tona. Mas falta ela contar o que ele fazia com minha mãe. Não posso deixar o que aconteceu ser esquecido,como se ninguém tivesse nada a ver com isso — desabafou Marcelo,que assumiu a busca por justiça após a morte de seu irmão Antonio Luiz,em 2019,um ano após registrar a denúncia na polícia.
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Para Marcelo,é essencial ouvir os empregados que testemunharam os maus-tratos contra sua mãe.
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— Se alguém questionar por que não estávamos sempre ao lado da nossa mãe,eu explico: fomos afastados por Regina,que só queria o Marquinhos (José Marcos) ao lado dela. Minha mãe sempre cuidou da minha tia,desde jovem. Agora perdi minha mãe,meu irmão,e só espero que a polícia prenda José Marcos e que ele pague pelo que fez — declarou.
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Com 88 anos,Regina Gonçalves é uma das moradoras mais antigas do Chopin,edifício em Copacabana — Foto: Arquivo Lu Lacerda
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Segundo amigo próximo,socialite Regina Gonçalves,foi mantida em cárcere privado pelo motorista — Foto: Reprodução
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Regina Gonçalves nasceu na Cidade de Passos,em Minas Gerais. — Foto: Reprodução
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Regina Gonçalves em comemoração do ano novo,no seu apartamento no Edifício Chopin — Foto: Reprodução
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Regina Gonçalves é viúva do empresário Nestor Gonçalves,fundador do Conglomerado do Grupo Nestor Gonçalves e Grupo Copag do Brasil. — Foto: Reprodução
Com 88 anos,Regina teria sido mantida em cárcere privado em seu apartamento no Edifício Chopin.
O delegado titular da 12ª DP (Copacabana),Angelo Lages,informou que já está investigando as circunstâncias da morte de Therezinha Lemos Yamada,além dos crimes atribuídos a José Marcos.
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Procurada,a defesa de José Marcos não se manifestou sobre as acusações feitas por Marcelo. Parentes próximos de Regina Gonçalves,que atuam como seus interlocutores,também preferiram não comentar o caso.
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