José Boto trabalhou no Benfica e no Shakhtar,entre outros clubes — Foto: Shakhtar Donetsk/Site oficial
José Boto trabalhou no Benfica e no Shakhtar,entre outros clubes — Foto: Shakhtar Donetsk/Site oficial
GERADO EM: 10/12/2024 - 00:21
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A eleição de Luiz Eduardo Baptista,o Bap,deve mexer com o comando do futebol no Flamengo. O novo presidente rubro-negro,eleito na segunda-feira,terá que tomar decisões como a continuidade do técnico Filipe Luís e a construção de seu departamento de futebol. Um dos reforços deve vir de Portugal: o diretor esportivo José Boto está perto de assumir um papel importante no setor.
O profissional de 58 anos,que tem passagens por Benfica-POR,Shakhtar Donetsk-UCR e PAOK-GRE,trabalha atualmente no NK Osijek,da Croácia.
No clube português,atuou ao lado do técnico Jorge Jesus,que viria a se tornar ídolo rubro-negro. Foi no Estádio da Luz que Boto ascendeu na carreira. Ex-treinador de clubes distritais,foi olheiro e se tornou coordenador de scouting dos encarnados em 2010,posição que ocupou até 2018. Em sua passagem,o Benfica descobriu nomes como os volantes Axel Witsel e Matic,o zagueiro Lindelof,o goleiro Oblak e o atacante Luka Jovic.
No Shakhtar,pelo qual seguiu como diretor de scouting,integrou gestão vitoriosa. De 2018 a 2021,passou por um período em que o clube voltou se voltou mais ao mercado interno e à base. A equipe venceu o Campeonato Ucraniano em duas oportunidades enquanto esteve lá.
Boto ainda passou dois anos e meio no PAOK,seu primeiro trabalho no cargo de diretor esportivo e pelo qual foi campeão nacional. Em janeiro deste ano,assumiu o Osijek,um projeto alternativo que busca diminuir a distância do clube (hoje,quinto colocado na liga do país) para grandes potências locais,como o Dínamo de Zagreb.
Em 2020,quando estava no Shakhtar,Boto explicou sobre sua filosofia de trabalho ao jornal espanhol Marca:
— No Shakhtar,estou como um peixe na água,porque gosto de futebol ofensivo e criativo,o que encontrei aqui na Ucrânia. A parte física também é importante,mas gostamos muito mais da parte cognitiva e da qualidade técnica. Buscamos um entendimento notável do jogo para expressar essa qualidade. No Benfica,dependíamos muito das ideias dos treinadores e muitas vezes tínhamos que mudar um pouco o que buscávamos,porque não havia um modelo de jogo de jogo definido. Mas havia algo que era fixo. O Benfica era um clube vendedor e deveria captar jogadores com possibilidade de transferência futura. Ser atrativo para os grandes mercados e não tanto obedecer a um estilo de jogo,como fazemos agora no Shakhtar.
Ele também falou sobre a cultura de contratação de jogadores por recomendações de empresários:
— Os clubes têm que pensar que o departamento de scouting não é para gastar dinheiro,é para poupar. Muitas vezes o jogador que você traz é tão importante quanto o que você impede o clube de trazer. Investir em olheiros é dinheiro que no final se economiza. Também somos um contraponto às ideias dos treinadores que querem trazer "seus" jogadores e protegemos o clube da influência dos empresários. Temos que evitar contratar por contratar.
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